CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

Berto,

Há pouco a ABL – Academia Brasileira de Letras elegeu Fernanda Montenegro, nossa grande atriz.

Agora elegeu Gilberto Gil, um grande compositor e cantor.

Nada contra estes artistas.

Mas para competir com nomes como estes, os escritores não têm chance alguma.

Lembro que em 2003, quando Moacyr Scliar entrou na ABL, ele mesmo sugeriu que a eleição para ingressar nesta Academia fosse feita do modo direto entre os leitores.

Hoje essa ideia se faz melhor do que na época.

Ou, então, poderia se criar uma Academia Brasileira de Música para eleger Milton Nascimento, Maria Bethania, Alceu Valença, Gilberto Gil, Caetano Veloso…

Ou uma Academia Brasileira de Artes, incluindo tudo que é artista.

O que acha da ideia ?

R. Amigo Brito: esta situação curiosa, eleger artistas e músicos para uma academia de letras, vai ser mudada no próximo dia 25.

Meu estimado amigo José Paulo Cavalcanti, colunista deste JBF e renomado jurista brasileiro, com vários livros publicados, é candidato a uma vaga da Academia Brasileira de Letras.

Agora sim, a Academia terá a oportunidade de eleger um verdadeiro homem de letras!

José Paulo é autor do clássico “Fernando Pessoa: uma quase autobiografia”, publicado pela Editora Record, que ganhou o Prêmio Jabuti de 2012 e o  Prêmio José Ermírio de Moraes.

Um livro que teve mais de 50 mil exemplares vendidos.

Em Portugal, José Paulo ganhou o Prêmio Dario Castro Alves e foi saudado pelo então presidente Mário Soares. Naquele país, o livro ficou um mês na lista dos mais vendidos.

Na Italia, ganhou o Prêmio Il Molinello.

A obra foi publicada também na Romênia, Israel, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos.

Só isso. Apenas isso.

E tem um detalhe curioso sobre esta obra: quando de sua publicação, ela foi considerada pela Academia Brasileira de Letras, por unanimidade, como “o livro do ano”.

Viu a coincidência? Um excelente presságio para a candidatura do nosso confrade à ABL.

Veja este trecho da uma notícia publicada no jornal O Globo, no dia 3 deste mês de novembro:

No dia 25, a mais acirrada das eleições da temporada: seis candidatos disputam a vaga deixada pelo advogado Marco Maciel (1940-2021). São eles: José Paulo Cavalcanti, Ricardo Cavaliere, Godofredo de Oliveira Neto, Luiz Coronel, Camilo Martins e Leandro Gouveia.

Aliás, esta matéria de O Globo tem coisas e relatos bem interessantes e curiosos sobre a ABL e as suas eleições.

Vale a pena saber. Leia a matéria completa clicando aqui.

Pois então, desta vez a Academia Brasileira de Letras terá a oportunidade de eleger um verdadeiro homem de Letras, um escritor que indubitavelmente merece preencher a vaga que está em aberto.

Nós aqui da comunidade fubânica, estaremos todos torcendo pela sua vitória.

Uma informação curiosa: José Paulo e sua esposa, a também escritora Maria Lectícia, já são membros da Academia Pernambucana de Letras. 

Um casal de acadêmicos.

Um caso singular.

Casal José Paulo e Maria Lectícia aqui na casa deste Editor

8 pensou em “JOSÉ DOMINGOS BRITO – SÃO PAULO-SP

  1. Tive o privilégio de receber este fantástico livro do nosso amigo José Paulo com uma dedicatória feita num versinho.
    Fiquei sabendo de sua candidatura a uma cadeira na ABL, mas não sabia quem eram os concorrentes. Vejo agora e me parece que não há nenhum artista famoso concorrendo. Assim, podemos alimentar nossa esperança de vê-lo na Academia. Que Deus nos ouça, e os acadêmicos também.

  2. Desde que a ABL (Academia de BOSTAS Letradas(?)) se negou a escolher o POETA MÁRIO QUINTANA – POR 2 VEZES!!! – no lugar de um “xugrega” qualquer, que nem me lembro o nome da NULIDADE – como o é a absoluta maioria!!! -, por mim que as BOSTAS e sua ABL “abichem no nó da cola”.

    Aliás, MÁRIO QUINTANA – ao ser indicado, novamente, ou seja, pela 3ª vez, como candidato, EXIGIU que seu nome fosse retirado.

    Foi quando ele proferiu a famosa frase, bem gaúcha:

    MEU NOME NÃO É OSSO, PARA ANDAR NA BOCA DUNS “GUAIPECAS” (= cachorros que nada valem, que não prestam pra nada)”.

    E, na sua genialidade, simplesmente e dizendo tudo, escreveu:

    “ESSES QUE AÍ ESTÃO,
    ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO,
    ELES PASSARÃO …
    EU, PASSARINHO …

    Espero que o Sr. José Paulo Cavalcanti tenha a mesma hombridade, pois – a não ser por uma vaidade inglória ou uma falsa modestia, (ou porque “TODO CORAÇÃO TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE”!!!) – e ele for escolhido (e aceitar!!!), lamentavelmente, ele estará se ajuntando às outras NULIDADES, que recheiam o mesmo PENICO.

    Então, ele terá todas as homenagens e honrarias anteriores suas – de verdadeiro valor e muitíssimo bem merecidas, diga-se!!! -, simples e infaluvelmente, conspurcadas.

    Mas, “caum”, “caum”…

  3. Bem, para uma “Academia” que tem Sarney, Merval, FHC, já teve R. Marinho, Getúlio Vargas, Assis Chatobiant, além de outras nulidades, não deve ser muito lisonjeiro pertencer a ela. O fundador Machado de Assis há muito já deve ter se revirado no túmulo de desgosto.

    Também, o Nobel de Literatura já foi dado a ninguém menos que o Cantor / Compositor Bob Dilan. É o fim dos tempos.

    Entre os que não foram contemplados àquelas 40 cadeiras, há muitas injustiças.

  4. Feliz sábado a todos os fubánicos,
    Concordo com José Domingos Brito, a ABL deveria respeitar o cada macaco em seu galho “escritor, cantor, artista plástico (Presidente da República, Sarney) etc…”.
    Vamos sim todos ficarmos na torcida pela justa eleição do Jurista e Literato, “Escritor” José Paulo Cavalcanti, o futuro, mais novo membro da Academia Brasileira de Letras, a quem tive a honra de conhecer, em vossa residência no ano de 2019, caríssimo e aclamado nacional e internacionalmente Romancista Luíz Berto, em festa de confraternização e premiação realizada todos os anos “ sempre no dia 1º dezembro”.
    Paz e Bem a todos os membros e familiares deste digníssimo Blog.

  5. Não tenho dúvidas, depois de duas “aberrações”, nosso estimado Dr. JOSÉ PAULO CAVALCANTi será o escolhido, ele vale mais que 80 Sarneis, 90 Fernandas Montengro e 100 Gilbertos Gil, afinal, escrever um livros(os), é diferente de interpretar ou escrever músicas, ainda mais sobre o grande Fernando Pessoa. Infelizmente o Brasil é o país dos contrários…

  6. Pingback: UM FUBÂNICO NA ABL | JORNAL DA BESTA FUBANA

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