CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

Não bastasse a graça, a vivacidade, a ingenuidade da infância, as crianças são também fecundas em atitudes inesperadas.

Francisco Ferreira da Silva, menino de cinco anos, que atendia pelo apodo de “Diploma”, – e cujos avós maternos figuram na sua certidão de nascimento como pais biológicos -, fora ter um encontro com o seu primo, Ezequiel, de seis anos, este cheio de desconsolo pela recente perda do pai. Condoído com a tristeza do primo disse-lhe Francisco: “Não chore, primo, se você aceitar eu dou o meu pai para você! ”

Algures alguém disse que as crianças têm qualquer coisa de passarinho, de anjo e de demônio.

O que quer que se diga sobre as crianças a verdade é que “ elas vivem a encher a casa com a música da sua voz, e a encher-nos o coração com a graça de sua meiguice”.

Quanto ao jocoso apelido “diploma”, trata-se de uma tirada espirituosa do avô.

É que a mãe de Francisco, depois de quatro anos estudando na capital para conseguir um diploma, retornou à casa dos pais sem o tal documento.

Em compensação trouxe nos braços, ainda fraldado, um belo varão, mais tarde conhecido, entre os íntimos, pelo apodo de “Diploma”.

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