WELLINGTON VICENTE - GLOSAS AO VENTO

Numa noite de insônia de um poeta
Tem mistério que o mundo desconhece.

Mote do poeta João Dias

Numa mente poética que vagueia
Mergulhada no som de devaneios
Anda léguas e léguas nos passeios
Sem deixar nenhum rastro onde passeia
Pega rimas na luz da lua cheia
Tira versos na banda que escurece
Quando a cara do sol reaparece
Chega a mente de volta e se aquieta
Numa noite de insônia de um poeta
Tem mistério que o mundo desconhece.

Glosa de Marcílio Pá Seca Siqueira

Pelas brechas da coberta da palhoça
O poeta conversa com a lua
Relembrando a mulher que já foi sua
E que hoje deve estar em outra choça.
A coruja solta um pio sobre a roça
Que a coragem de quem ouve desfalece
E nas contas do terço surge a prece
Implorando proteção a um profeta.
Numa noite de insônia de um poeta
Tem mistério que o mundo desconhece.

Glosa de Wellington Vicente

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