Um canal de TV pago que costumo assistir está perguntando aos espectadores “quantos filmes de diretores pretos você assistiu recentemente”. De minha parte, respondo aqui: não sei.
Não sei porque nunca assisti um filme olhando para a cor da pele do diretor, do produtor ou dos atores. Também nunca prestei atenção na cor da pele de ninguém na hora de ler um livro ou comprar um CD. Nunca me interessou saber se há diferença de cor entre Machado de Assis e José de Alencar, Pixinguinha e Noel Rosa, Oscarito e Grande Otelo, Pelé e Rivelino, Chico Buarque e Gilberto Gil.
Para o pessoal do tal canal de TV, também digo que classificar tudo que vê segundo a cor da pele não é ser moderno, descolado, consciente, evoluído, desconstruído ou empático. Enxergar pessoas a partir da cor da pele é ser racista. E não existe racismo “do bem”.
O nome do diretor costuma aparecer nos créditos finais do filme. não aparece nem a foto, nem a indicação da cor da pele do mesmo.
Caro Marcelo, eu não quero dar pitacos quanto aos canais que v. assiste, longe disso. Porém se no que eu assisto vier esta pergunta “quantos filmes de diretores pretos você assistiu recentemente?”; nem me dou ao trabalho de tentar responder; simplesmente mudo o canal e não volto mais.
A vontade é essa mesma, João, mas há tão pouca coisa que valha a pena ver, que quando aparece alguma coisa eu nem posso me dar ao luxo de reparar em qual canal está passando.
E no início desta semana fui entrevistado pelo IBGE aqui em Santo André.
O simpático rapaz do IBGE pesquisa me perguntou a cor ou raça com base na autodeclaração:
E o branquelo Sancho não hesitou: “Sou negão igualinho ao Pelé, com a unica diferença que o negão Pelé jogava um pouquinho melhor do que eu”.
Alguma coisa ele escreveu no tablet, mas esqueci de perguntar se ele colocou lá minha negritude.
Marcelo, eu já não assisto mais tv aberta ou fechada há mais que 5 anos.
Eu é que escolho o que quero assistir pelo Youtube e canais de streaming (para selecionar filmes). Mesmo o Youtube já penso em mudar em função da censura que ele impõe aos divulgadores de conteúdo conservadores.
A Netflix está por um fio de perder minha assinatura (muita lacração), a Disney já rodou, a Amazon tem variedades de filmes conservadores, a Brasil Paralelo – BP é excelente, porém ainda tem pouco conteúdo em relação aos demais e ainda não produz filmes.
Existe um mercado pouco explorado de produzir filmes e conteúdos para conservadores. Por enquanto só há a BP, que está no início e é muito perseguida pelo sistema.
Enfim, há muitas opções, basta procurar.
Resposta perfeita para os falsos anti racistas, não classifico nada nem ninguem por cor da pele .
Todo racista é um idiota, Marcelo. Não há outra denominação.
Que bom que trouxe a tona mais esse absurdo dos tempos atuais.