Hoje, as eleições municipais apresentam 15.574 candidatos a prefeitos e 432.000 candidatos a vereadores. Há um total de 45.796 – para todos os cargos – candidatos à reeleição. Sem dúvida nenhuma, as eleições brasileiras se constituem no maior concurso público, com prazo determinado. Eu entendo ser salutar ter várias opções para escolha, o que me incomoda é a falta de preparo e falta de caráter de inúmeros candidatos, sem contar com a abjeta compra de votos nos interiores do país. É comum trocar um voto por um saco de cimento ou por outra baboseira qualquer e, lamentavelmente, são pessoas simples, pessoas que mais necessitam da presença do Estado os protagonistas dessa ação.
A política brasileira mergulhou num lamaçal sem precedentes. Eu não consigo entender, e atribuo ao eleitor, como algumas figuras continuam se candidatando e se elegendo. Pessoas corruptas, envolvidas nos mais escabrosos escândalos, com nítido enriquecimento ilícito e muito me entristece observar a leniência do poder judiciário. Recentemente, o STF arquivou um processo contra Renan Calheiros, por corrupção. Como crer que seremos capazes, no futuro, de termos pessoas decentes, lutando pela população e não olhando para seu próprio umbigo?
Eu lembro muito da frase de Pitágoras “eduquem-se as crianças para não punir os adultos”, mas, francamente, eu não consigo acreditar que o nível de educação que temos seja instrumento suficiente eficiente para mudar a realidade. Há uma doutrinação natural nas escolas, então mesmo que você oriente, a influência da escola pesa bastante. Quanto maior o grau de ignorância, maior o vínculo com partidos de esquerda. A realidade é essa e as pessoas sofrem uma cegueira intelectual absurda.
Recentemente, o IBGE divulgou que o desemprego no trimestre que terminou em agosto foi o menor da série histórica: 6,6%. Que bom! Tomara que seja verdade. O interessante é que as taxas de desemprego em Pernambuco e na Bahia são, respetivamente, 11,5% e 11,1%. Pegue os dados da PNAD desde 2012 e veja se estas taxas já foram menores do que 10%. Durante a pandemia, a taxa de desemprego em Pernambuco chegou a 16%. Se você olhar a taxa de analfabetismo, o Nordeste lidera com 14% e tem uma cidade em Alagoas, chamada Inhapi, que tem 16 mil habitantes e 56,9% vivem com renda inferior a 0,5 salários-mínimos e a taxa de analfabetismo é 16%.
Na semana passada, um jornal divulgou a relação dos dez estados mais pobres do Brasil, baseado na renda per capita. TODOS os estados do Nordeste e o Amapá. O estado do Maranhão é o mais pobre do Brasil e lá a relação entre beneficiários de bolsa família e empregos formais é 2:1. Olhe quem governou estes estados ao longo do tempo. Sempre os mesmos partidos de esquerda: ou PT ou aliados do PT, evidentemente com o seu apoio. O que não consigo entender é como se apoia uma coisa dessas. Não faz muito tempo, conversando com um grande amigo – esquerdista – e comentei os dados econômicos e sugeri que há uma relação positiva entre esquerda e miséria. Muitos disseram isso antes de mim, como Winston Churchill, Margareth Thatcher, Roberto Campos. A defesa que ele fez desses governos foi baseado nos “movimentos sociais”.
Eu vejo Guilherme Boulos disputando uma eleição – além de ter sido eleito deputado federal – para uma cidade da dimensão de São Paulo e não consigo entender como isso é possível! A maior cidade da América do Sul, a maior economia, o centro financeiro do país, entregue uma pessoa despreparada como Boulos. Não sei se vocês lembram, mas ele chegou a dizer que forma de combater o déficit previdenciário era fazendo concurso público porque as pessoas iriam contribuir com a previdência. É essa expressividade de inteligência que estará nas urnas. Parece que a cidade de São Paulo esqueceu o fez o aconteceu com o governo de Luiza Erundina.
Infelizmente, sou um descrente da conjuntura política do Brasil. Será necessário um trabalho diário, árduo, para conscientizar a população e, francamente, acho que os candidatos ditos, de direita, não conseguem enxergar o potencial que possuem para mudar a realidade do Brasil. Bolsonaro foi exemplo disso. Poderia ter feito um governo voltado para reduzir diferenças e alavancar o crescimento nas regiões pobres, mas se perdeu em picuinhas. Pablo Marçal, surgiu como um fenômeno na campanha de São Paulo e muito do que ele diz tem razão, mas faz acusações em fundamentos, baseadas em dados falsos ou falsificados e com isso aumenta sua rejeição.
A gente precisa de pessoas que façam um trabalho de contraponto ao que os governos – em todos os níveis – fazem. É preciso mostrar que a merda gerada pela esquerda fede e se espalha com velocidade da luz e a única foram de parar isso é colocando um obstáculo. Lamento muito que os candidatos de direita não agreguem representatividade. Eu tomo por base a eleição no Recife onde o prefeito atual tem 75% das intenções de votos e as pessoas esquecem que ele apoia um bandido que é o presidente. A lei diz que quem protege um criminoso comete crime também.
O fato é que esse cidadão, colocou como vice um cara absolutamente desconhecido. Não aceitou colocar um vice do PT como o presidente do país queria e por um motivo muito simples: daqui a dois anos ele se candidata a governador do estado e a família precisa ter na prefeitura uma pessoa obediente e agradecida.
Trabalhei muitos anos como presidente de uma seção eleitoral e recordo que, numa eleição municipal, a esposa de um candidato a vereador chegou trazendo 3 eleitoras. Senhoras simples, nitidamente com “pouca leitura”, com aquele “santinho” com o nome, foto e número do candidato. Quando fiz o procedimento para autorizar o voto de uma delas, a digníssima senhora ia acompanhar a eleitora até a urna. Imediatamente, eu pedi para ela se afastar e ficar na porta, fora da seção. Com a cara mais descarada possível ela disse: “eu quero apenas garantir que vote corretamente. Ela é analfabeta.” Retruquei: “Se a senhora não se afastar e não sair da seção eu chamo a polícia”. As “eleitoras” não tinham certeza se votaram corretamente e saíram ouvindo poucas e boas da digníssima esposa. Enquanto tivermos eleitores sem consciência política, teremos políticos sem consciência.
Caro Assuero, pelo amor de Deus, não é preconceito mas esperar o quê de um país onde o analfabeto é obrigado a votar? Isso sem falar nos a alfabetos políticos que submetem-se a fazer parte de um cadastro pra ganhar 50 contos.
Meu prezado, o analfabeto político é de lascar. Conheço uma que ganhava tecido do candidato e fazia um vestido ou uma blusa e ia votar com ele pra mostrar e dar a certeza que votou
Amigo Assuero, bom dia.
Você que é entendido em dinheiros, numerários, contas e despesas há de concordar comigo. Se eu for votar, entre a ida e a volta vou gastar em torno de sete reais em combustível. Se eu deixar de votar vou pagar R$3,50 de multa ao TRE. Por essa lógica, sai mais barato deixar de votar e não chancelar essa pouca vergonha de malandros, vagabundos e espertalhões que financiamos com nossos impostos para mentir, fazer propaganda enganosa e nos humilhar durante a propaganda eleitoral em rádio e televisão.
O ruim dessa lógica é que a nossa malandra lei eleitoral amarra os resultados das eleições aos votos válidos, ou seja, aqueles em que o otário pagador de imposto expressa a sua opinião valida, excluindo os votos em branco, nulo e as abstenções.
Mesmo assim ainda estou ponderando, neste seis d outubro se vou, ou não chancelar essa malandragem botocuda em que somos obrigados a dizer, a cada dois anos, quais os salafrários que vão nos roubar e nos espoliar, tudo em nome de uma suposta democracia igualitária que termina, tão logo as malandras urnas eletrônicas deixam de computar o voto.
Meu amigo Roque custo financeiro de não votar é maior porque esses R$ 3,50 irão compor o fundo partidário que é distribuido para os partidos políticos. Então, gaste R$ 7,00 votando em alguém que você espera dar certo e não favoreça financiar partidos. O PT leva uma fatia enorme dessa grana.
Parabéns professor Assuero,
Artigo, infelizmente, realista!
O Brasil está um Titanic desgovernada, rumo ao Iceberg. Na sua condução, um psicopata a verso ao povo.
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