Era uma vez uma cigana. Um dia
Laura pediu-lhe que lhe lesse a sina
E ela, a cigana, de contente, ria
Ante a mãozinha delicada e fina.
Fita-lhe o olhar e, débil e franzina,
Linha por linha, atentamente, lia
Um futuro de rosas à menina;
Tudo o que Laura desejar podia…
E disse aos pais: “Três vezes, meus senhores,
Aquele ipê se cobrirá de flores
Para a menina se cobrir de um véu”.
Laura riu-se e corou. E um ano corre,
Outro mais… e mais outro… e Laura morre…
— Foi com certeza se casar no céu!