ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

Esta semana, como todo bom caeté que se presa, estava, novamente, em minha rede de imbira, coçando a carcunda de meus doguinhos e assuntando as notícias sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Lembre-se-me, então de uma conversa miolo de pote que tive com meu grupo de estudos na universidade, em 2020, antes do fechamento indiscriminado de tudo. Disse a eles que o século XXI estava chato, fragmentado, sem perspectivas de longo prazo, com grupinhos mimados que adotaram discursos vazios, mas perigosos, e que precisávamos de uma guerra para tentar botar ordem no caos. Fui recriminado, condenado. Só não levei solavanco de orelha, por ser já um senhor de fartas cãs (essa é para você Violante), e ter um ar venerando.

Os séculos XVIII, XIX e XX tiveram as guerras como seus grandes marcos divisórios e que direcionaram a humanidade para um objetivo maior e que, de uma forma, ou de outra, destruíram discursos piegas, eliminaram líderes fracos e frouxos e criaram uma dinâmica que trouxe a humanidade a um patamar de desenvolvimento tecnológico, bélico, e alimentar, sem comparação nos últimos cem mil anos.

A revolução francesa do final do século XVIII eliminou, de uma forma indireta, o discurso idílico do rococó e da lorota do “bom selvagem” contado por Rousseau, vendido como uma explicação salubre para os males da humanidade e como chave para a resolução de todos os nossos problemas. Bastava o homem deixar a cidade, se embrenhar no mato e voltaríamos à bondade natural de um “Adão” do paraíso perdido de Proust.

Já o século XIX com suas guerras napoleônicas e com as guerras de unificação da maior parte da Europa forjou o século, de início, e deu uma identidade e um protagonismo que Niesztche chamou de “Vontade de Potência”. Mas essa vontade de potência, na visão do filósofo se agregava a nações e povos. O século XX o agregou a pessoas que se tornaram líderes em momentos cruciais da história humanas. Líderes como Churchill, De Gaulle, Roosevelt, e mais tarde líderes como Ronald Reagan, Margareth Tatcher, Adolfo Suarez, só para ficar nos mais conhecidos.

O século XX com as duas grandes guerras criou o horror sobre a própria guerra, a ojeriza à matança, ao mesmo tempo em que deixaram claro que uma paz duradoura só se constrói e se mantém quando as nações falam em igualdade de condições, nem que essa igualdade seja em cima de armas de destruição em massa, ou de poder de fogo capaz de intimidar seu interlocutor – Vontade de Potência -.

Mas o século XXI começou estranho. Foi uma época de paz de fancaria. O ocidente foi contaminado com discursos, ideologias, cisalhamentos de culturas, divisões sociais e multiculturalismos que nos fez perder o senso de história, de evolução social e de buscas de melhoramentos de nossa própria espécie. Hoje, com a guerra entre Rússia e a Ucrânia, todo o arcabouço de discurso vazio que se construiu ao redor do chamado “ocidente civilizado” está indo esgoto abaixo.

Se a verdade é a primeira vítima, em uma guerra, esta que está ocorrendo em solo ucraniano está fazendo outras. E digo, cada vez que uma dessas vítimas cai por terra, eu comemoro, como um bom caeté. A segunda vítima foi a lorota desarmamentista. Os adoradores de uma população indefesa estão calados, agora que o comediante travestido de presidente da Ucrânia declarou distribuir arma à toda a população a fim destes defenderem seu país. Mas era ele um dos que gritava que a população não poderia ter armas, que a população precisava se desarmar. Houvesse a cultura de que um povo armado é um povo perigoso e Putin pensaria duas vezes antes de tentar invadir o país vizinho.

A terceira vítima foi o discurso inclusivista, a lorota de que “palavras machucam”. Não estou vendo nenhum xibungo pegar no pau de fogo e dizer… vamos defender nossa nação!. Mas, vejo como líderes fracos e frouxos, emasculados e que emascularam suas nações se tornaram inadequados, ineptos e deslocados para o tempo de crise que vivemos, sem saber o que fazer para resolver aquela crise e mais perdidos que filhos de puta no dia dos pais.

Governantes como Emanoel Macron, Boris Johnson, Justin Trudeau, Joe Biden, até mesmo o inepto António Guterres da ONU demonstraram inépcia e incompetência. Líderes como Wladimir Putin e Xi Jinpin viram como o ocidente se tornou fraco, feminilizado, em sua face mais perniciosa, e estão avançando pelo mundo, destruindo a liberdade e aterrorizando o mundo.

O discurso da “masculinidade tóxica” e da “testosterona tóxica” que era e é ao gosto de um grupo que tenta de tudo para destruir o modelo de sociedade baseada na cultura judaico-cristã está mostrando seus efeitos destrutivos para a sociedade. De uma forma, ou de outra, estão conseguindo concretizar seus intentos. Líderes emasculados, aliados a discursos frouxos, e sem nenhuma autoridade moral do homem, ou macho alfa, é um convite para nos tornarmos escravos daqueles que não renunciaram essa condição evolutiva do ser humano.

Em um mundo dividido entre aqueles que ainda acreditam em um processo evolutivo em que machos alfas assumem a condição de liderança e levam suas nações à protagonismos mundiais, que defendem seus interesses e percebem que o discurso da tolerância, da inclusão, da diversidade e da flexibilização de suas fronteiras existenciais põe, no longo prazo, riscos á sua própria sobrevivência, e aquelas que adotam esse discurso e o colocam em prática, o resultado é o que estamos vendo agora. Um ocidente vítima de suas próprias incongruências, contradições e tolerância contra aquilo que é evolutivamente intolerável.

Onde estão o Greenpeace, a Greta Thumberg, a Malala Youzafsai, o Rio da paz e outros luminares da boa vontade e do belo, do justo e do bom? São vítimas de seus próprios discursos e do declínio da masculinidade ocidental que contaminou nossa classe dirigente e nos tornou alvos fáceis daquelas nações que não renunciaram a essa condição natural dos povos.

Uma outra vítima ainda se faz evidente. É uma vítima e uma lição. A vítima é o próprio povo e a lição é que não se brinca com o futuro de uma nação quando temos que escolher quais líderes políticos vão comandar a nação. A Ucrânia, de maneira insensata escolheu um palhaço de televisão, em um voto de protesto. Hoje está colhendo a consequência de sua irresponsabilidade. É uma grande lição, principalmente para as tribos de Pindorama. O tal voto de protesto, ou voto útil é uma armadilha que cobra um preço alto. Talvez alto demais para a nação. O preço é a escravidão a líderes ineptos, frouxos e corruptos que venderiam seu próprio país para salvar a pele do rabo.

Outras vítimas ainda virão, afinal, como dizia o bigodudo tarado da Geórgia: quantas divisões blindadas esses sujeitos têm? O que vemos é uma guerra, guerra!, e não guerra de informações como o MBL e um deputado de São Paulo quer nos fazer pensar. E, essa guerra vai provar que a “masculinidade tóxica” é uma condição essencial que nos faz falta, que o homem alfa que fala grosso para defender os seus é necessário. Que a emasculação do ocidente pelo discurso fácil da inclusão, da diversidade, da tolerância, do multiculturalismo é um abismo chamando outro abismo, e que, se o ocidente não abrir os seus olhos, vai cair nele, sem possibilidades de resgate.

Talvez essa guerra possa fazer o século XXI voltar a seus trilhos e abandonar discursos e comportamentos infantilizado e mimado que fatalmente estão nos levando para a destruição irreversível. Quando o ocidente abandonou a Doutrina Dulles abriu as portas de um abismo que agora escancara suas “inguinoranças” nas nossas bochechas. Quando o discurso da inclusão, da diversidade contaminou nossas instituições, abriram-se as portas para lideranças fracas e frouxas que se provam, neste atual momento, inadequadas para este século.

Que se preparem os palcos para os próximos atos!

2 pensou em “BENDITA GUERRA

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