Inspirado em foto de Jácio Mamede:
Meu avô me deu caminho,
Bom sangue, bom coração,
O amor por este chão,
De caatinga e tanto espinho.
Vai longe o meu carinho
Por esse céu azulado,
Esse pago, chão rachado,
Por esse meu pé-de-serra
E por esta boa terra,
Onde vovô foi criado.
Aqui eu também nasci,
Aqui também fui criado.
De vovô, abençoado,
Herdei fé, herdei coragem,
Por isso em sua homenagem,
Cavalgo o sertão amado.
Às vezes fico calado
Dentro da vegetação
Ouvindo um tal coração
Como se vovô vivo estivesse
Pedindo a Deus, numa prece,
Chuva para o seu sertão.
“Pai nosso que estás nos céus…”
Mande chuva ao meu sertão.
Uma sublime oração
Eu ouço sem ver ninguém
Seguindo e dizendo amém
Quero chuva em meu torrão.
Me invade a emoção
Na serra, sobre o platô,
Sol baixando, céu bordô,
E eu feliz cavalgando
Enquanto sigo amando
As terras do meu avô.
Natal-RN, na primeira Lua Cheia de 2015
Grande Jesus que bom que as preces rimadas estão de volta!!!
Assuero!
Verei se consigo me tornar mais responsável com as letras.
Cabra bom!
Apareça sempre, Jesus de Ritinha!
Seus escritos dão um brilho de inteligência a essa Gazeta Escrota, seja na prosa, seja na poesia, seja…
Cícero elogios vindo dum cabra bom como você, é um prêmio grande.
Parabéns pelo belo poema, que é uma verdadeira oração, amigo Jesus de Ritinha de Miúdo! Adorei! Feliz Ano Novo! Muitas realizações, Saúde e Paz!
Violante!
Os cafés de Natal estão sempre abertos e isso é, sim, um convite.
Risos.
São tantos, que é difícil saber qual o melhor…rsrs Obrigada, grande poeta!