CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

Editor Berto

Como é gostoso ter como veículo este espaço verdadeiramente democrático, onde encontramos de tudo um pouco e muito mais, havendo espaço para abraçarmos a fé.

Bom dia a todos.

Espero que estejam muito bem.

Hoje eu vou falar um pouco sobre a natureza e o homem.

O HOMEM E A NATUREZA

Minhas irmãs e meus irmãos, sejam todos abraçados pelo Sagrado Coração de Jesus. Como Papa Francisco assim o quer, vamos refletir sobre os problemas que afligem o mundo, o nosso país, o nosso povo, a nossa igreja. Vamos falar muito hoje sobre o LIVRO DO GÊNESIS.

O LIVRO DO GÊNESIS, de forma figurada, nos mostra a harmonia existente nos planos de Deus e o mal com que o inimigo estragou o projeto inicial do criador.

No princípio, Deus entregou ao homem a missão de “cultivar e guardar a terra” , ou seja, poderia utilizar os bens naturais com racionalidade para satisfazer suas necessidades. Mas Deus sabia que o homem poderia se corromper, por isso proibiu a ele e a sua companheira que comessem da árvore do conhecimento. E de fato, caíram ao cederem à tentação de querer serem iguais a Deus. Foi o pecado original, que Jean Delumeau chamou o “princípio da História”. O homem que inventou o conceito, Santo Agostinho, escreveu a sua obra maior, as “Confissões”, há 1600 anos.

Deus criou o homem e colocou a seu dispor tudo o que foi criado na terra, no mar e nos ares. Deu-lhe a inteligência, o livre-arbítrio ou livre-alvedrio para que pudesse crescer e multiplicar-se. Mas o pecado da soberba manchou o coração do homem e fez surgir nele a vontade desordenada, os sentimentos desfigurados. O homem deformou a semelhança que havia entre ele e seu Criador. O bem e o mal se digladiam dentro de nós e as consequências da nossas escolhas atingem todos os habitantes da Terra, pois somos membros de um corpo, parte de um todo (“Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. É São Paulo quem o afirma: «pela desobediência de um só homem, muitos [quer dizer, a totalidade dos homens] se tornaram pecadores» (Rm 5, 19): «Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram» (Rm 5, 12). A universalidade do pecado e da morte, o Apóstolo opõe a universalidade da salvação em Cristo: «Assim como, pelo pecado de um só, veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só [Cristo], virá para todos a justificação que dá a vida» (Rm 5, 18).).

O bem comum pressupõe o respeito pela pessoa humana enquanto tal, com direitos fundamentais e inalienáveis orientadados para o seu desenvolvimento integral. Os recursos do nosso planeta são nossos; de todos nós que aqui habitamos. Temos direito a tudo e devemos cuidar de tudo para crescermos em paz, desenvolvendo todas as habilidades que nos foram concedidas por Deus. Devemos respeito ao que existe neste planeta. O mau uso dos recursos da natureza faz com que nos tornemos inimigos de nós mesmos a médio e a longo prazo, gerando doenças, fome e guerra que duram gerações. Transformamos as fontes de água em depósitos de lixo, as praias em esgotos a céu aberto, as florestas em desertos, as minas em abismo e sepulcros para as pessoas e regiões inteiras do nosso globo. O egoísmo, a sede de poder e de ter a incapacidade de amar da humanidade fazem com que sejamos vítimas e muitas vezes, cúmplices de saque absurdo das riquezas minerais de um continente como a ÁFRICA, e do nosso PRÓPRIO BRASIL, deixando rastros de sangue, prostituição, desalento, ódio entre irmãos.

“As criaturas deste mundo não podem ser consideradas um bem sem dono:” ‘TUDO É TEU, SENHOR, AMIGO DA VIDA.’ Isso gera a convicção que nós e todos os seres do UNIVERSO, fomos criados pelo mesmo Pai. Estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde.

Peçamos a Deus perdão por tantos absurdos que se comentem em nome de um progresso vazio, de uma modernidade desumana, infértil, doentia. Atos que nos tornam órfãos da beleza e da doçura que nos foram dadas pelo AMOR, que constrói a cada instante o caminho para uma vida plena.

3 pensou em “ANA LÚCIA JUSTINO – RESENDE-RJ

  1. Coisas da fé: Quando soube a irmã mais velha às portas da morte, entrou na igreja e pediu a Nossa Senhora que a salvasse, ou pelo menos lhe aliviasse o sofrer. Jurou que iria a pé ao Santuário de Aparecida (Aparecida-SP).
    Sancho ouviu atentamente… está preso à expressão da mulher, uns olhos que brilham de fé, de entusiasmo, e me conta ela da romagem, da canseira, do espanto de chegar ao Santuário e sentir-se leve como uma pena, tomada de uma alegria luminosa, desconhecida.
    Pergunto sobre a doente e responde: – Está melhor, está cada vez melhor. Os médicos dizem que tem cura.
    Despeço-me maravilhado. Vi a alegria e o arrebatamento da fé. Da fé pura, verdadeira, inocente, a fé que eu ainda quero encontrar.

  2. “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.” Martin Luther King

  3. Nicholas Edward Cave sobre Deus: “Há décadas que ando às voltas da ideia de Deus. Tem sido um lento arrastar pela periferia de Sua Majestade, com a caneta na mão, tentando escrever ao Deus vivo. Às vezes, acho que quase consigo. Quanto mais me torno disposto a abrir a minha mente para o desconhecido, a minha imaginação para o impossível e o meu coração para a noção do divino, mais Deus se torna aparente. Acho que temos aquilo que estamos dispostos a acreditar e que a nossa experiência do mundo se estende exatamente aos limites de nosso interesse e credibilidade. Estou interessado na ideia de possibilidade e incerteza. A possibilidade, pela sua própria natureza, estende-se além dos factos prováveis, e a incerteza impulsiona-nos para a frente. Eu tento encontrar o mundo com uma mente aberta e curiosa, insistindo em nada mais do que a liberdade do olhar para lá do que achamos que sabemos.”

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