Seresteiro antigo repete a cena do filme Romeu & Julieta
As mulheres!
Ah, as mulheres, esses seres inigualáveis que ajudaram na construção física do homem, e, ainda hoje, continuam inabaláveis na construção da família, como peça de argamassa, de moldura e de sustentação.
O que seria dos homens, pobres coitados, não fossem as mulheres.
Não há quem, por maior tentativa, que encontre uma explicação, que arquitete e conduza a família de forma mais digna e completa que a mulher. A mulher é, ao mesmo tempo, a massa, o tijolo e o cimento que edificam e fortalecem a construção.
Assim, elogios merecidos, mas, à parte, mulher é alguém que “se derrete” toda com as boas preliminares. E, nesse caso, não estamos falando nem pensando em sexo. Estamos falando de viver. Tratar bem uma mulher é viver bem as preliminares.
E se me lembro bem, ainda consigo ver, bem ali na primeira esquina da vida, os galanteios preliminares que cada dia uniam mais um casal de namorados enamorados. Cada dia e cada noite. Independentemente de qualquer balcão de Julieta, a seresta noturna para a namorada, era como um buquê de rosas vermelhas e sem espinhos.
Falo das serenatas. Feitas com respeito e limites. As serenatas marcaram época de romantismo e ternura. Qualquer jovem que se prezasse, em vez de “tablet” ou celular, tinha a sua radiola portátil. Movida a pilha e tocada sem chip, mas com muito amor.
Os anos 50/60 vividos em Fortaleza – naquela época uma cidade muito distante da metrópole que é hoje – foram vividos com sabedoria. Usufruir a vida e a juventude tinha um conceito diferente de hoje, onde muitos jovens se envolvem com práticas e valores que os afastam ainda mais da maturidade. Hoje, trocar alhos por bugalhos virou algo normal.
Muitos trocam o amanhã pelo hoje, por conta de definições as mais irreais possíveis. Os jovens de hoje (rapazes e moças) não namoram mais, não sonham mais, não vivem mais. Cedo estão envolvidos com situações que acabam por não resolver e jogam a solução para os pais. O jovem de hoje não namora mais. Não namora mais na sala, na frente da casa da namorada. Vai direto para o quarto e o namoro acaba virando sexo – e quase sempre com situações que ele não está capacitado para resolver.
A serenata (ou seresta) era um momento mágico e de aproximação entre os casais enamorados, e muitas vezes, a música falava por ambos. Era ali também, que, muitas vezes amadurecia um pedido de casamento – sempre no dia seguinte.
“Maria” foi minha primeira namorada. “Maria” estudava na Escola Normal de Fortaleza, naquele tempo, localizada próximo do Colégio Militar, na Aldeota. Cedo nos apaixonamos e namoramos alguns anos. Não deu em casamento. Se tivesse dado certo, hoje eu não estaria aqui em São Luís.
Aí entrei na gandaia, e ao mesmo tempo namorava (frequentando a casa de todas quase todas as noites) cinco jovens. Todas muito bonitas. Eram a Célia, a Dinaci, a Antônia e a Carolina, além claro, da “Maria”.
Carolina é hoje uma conceituada médica, além de Jornalista, Professora de Jornalismo e Diretora de um curso na área de Comunicação de uma conceituada instituição de ensino de Fortaleza. Todas gostavam de música e das serenatas que, todos os meses, eu e um ou dois amigos fazíamos.
Atenção: Os nomes aqui apresentados são todos fictícios. Mas os namoros foram verdadeiros.
* * *
DIA DE FESTA
Érica Luíza a aniversariante
Não consigo enganar ninguém. Dói, quando tento fazer isso e, graças à Deus, sou impedido de fazê-lo.
Estou repetindo esta crônica, publicada aqui mesmo, faz tempo.
Desde ontem (sábado) resolvi me envolver com uma data festiva. 11 de fevereiro é aniversário da minha caçula. 34 anos!
Enfermeira graduada na UFMA (Universidade Federal do Maranhão), Érica Luíza é prestativa sem ser da Cruz Vermelha. Tem virtudes e defeitos (e, um desses defeitos: é flamenguista). Solteira por escolha. Entendeu que teria problemas na família trabalhando em hospitais.
Seu texto é perfeito.
Já não existe mais a mágica que precede as relações amorosas.
É só sexo sem envolvimento e responsabilidade.
Parabéns e obrigado, José Ramos!
Em tempo: até pra ser corno o homem precisa da mulher!
Nonato, obrigado. Fui um verdadeiro tarado por sexo. Hoje a idade me botou pra escanteio – safenado, cardíaco, jamais arriscarei tomar algo para “botar o pinto duro” por cinco ou dez minutos de prazer. Sou consciente que meu tempo já passou.
O orgasmo, entendo assim, tem a ver com as preliminares – pelo menos para a parceira. Vapt-vupt não é sexo!
E lá foi o Zé fazer a felicidade das CABELUDINHAS DO MEIO… KKKK
Aí entrou o Zé na gandaia, e ao mesmo tempo namorava (frequentando a casa de todas quase todas as noites) cinco jovens. Todas muito bonitas. Eram a Célia, a Dinaci, a Antônia e a Carolina, além claro, da “Maria”. Zé, tú é o MEU HERÓI!!!!!
Também Sancho tem filha enfermeira e com igual defeito de ser torcedora do “urubu carioca”. Aproveito para parabenizar Érica Luíza pelo níver, extensivo à flamenguista filhota NaPê, que assumiu esta semana cargo na Prefeitura de Osasco, após quase 10 anos trabalhando na iniciativa privada.
Valeu, Zé!!!!!! Brindemos às filhotas!!!!!!
Sancho, você tem sido o catavento do meu moinho. Arre égua! Vai ser legal assim em Conservatória/RJ, ouvindo Sílvio Caldas nos bares da vida noturna.
Conservatória ainda existe ?
Saudades de Conservatória de 50 anos atraz.
Naquela época, cidade do interior era como se
estivessemos visitando outro país.
Tranquilidade gente boa de verdade.
Onde você andava, a qualquer hora do dia ou da noite, você era
cumprimentado pelos passantes.
Cidades que conheci no passado e tenho boas lembranças, estão aparecendo nos comentários.
agora Conservatória.
Qual será a próxima ?
Que belíssima ilustração.
Parabens.
Agradeço a gentileza do comentário.
d.Matt, estive em Conservatória várias vezes. Sofri na primeira vez, pois, desconhecido, não sabia que precisava fazer uma reserva de acomodação. Tive que voltar para Barra Mansa para dormir (mas deixei reserva para sábado e domingo – inclusive pagas). Uma delícia de cidade, de gente honesta e de muito bom gosto pela musicalidade. Não à toa, elegeram Sílvio Caldas “Patrono” da cidade.