COMENTÁRIO DO LEITOR

Comentário sobe a postagem 4 TRAGOS DE VODCA

Osnaldo:

Eu estava na Praça do Kremlin, vendo a belíssima troca da guarda do soldado desconhecido quando, vi o que parecia ser uma procissão serpenteando no meio da multidão. Era um casal de noivos à frente de (creio) parentes e convidados. Eles chegaram em frente ao túmulo, o soldado de plantão abriu a cordinha e ela depositou o buquê no túmulo.

Uma das cenas mais emocionantes que jamais vi.

Isto é para dizer como a guerra ainda é uma coisa muito presente na cultura do povo russo.

Uma das grandes atrações de Moscou é o Museu de Borodino em homenagem à batalha de mesmo nome que determinou a derrota de Napoleão em solo russo.

É um museu inusitado: circular e com as paredes curvas onde as pinturas nas paredes parecem 3D mostrando cenas da batalha com os franceses e mais perto, espalhados pelo chão, restos de carroças, canhões, uniformes etc. Como pano de fundo, a sinfonia 1812 de Tchaikovsky, com aquela salva de tiros de canhão, também muito emocionante.

Outra grande atração é o Museu da Grande Guerra, onde existe um obelisco de tamanho monumental, feito com os restos dos tanques alemães e em uma das salas encontra-se no teto 25 milhões de pingentes em homenagem a cada russo morto na guerra.

Para o Ocidente em geral a guerra foi esquecida, para os russos, todo mundo tem uma história de perda familiar por conta dela.

Eles sabem que é bem fácil invadir a Rússia, uma tremenda planície onde tirando o Don, o Dnieper e o Volga, não existe barreira para chegar-se em Moscou, como fizeram os franceses e os alemães.

Tenho tecido considerações sobre este tema e muita gente (especialmente no Twitter) acha que estou defendendo os russos, não precisa defendê-los para entender seus receios e seus motivos.

Tudo que eles não querem é uma base militar americana às suas portas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *