Artesanato desta colunista
Era uma vez uma índia
Uma guerreira valente
Dona de grande beleza
Vivia livre e contente
E por ser muito invejada
Quase foi assassinada
Mas escapou felizmente.
Os seus irmãos invejosos
Resolveram se vingar
E aquela bela guerreira
Decidiram por matar
A forte guerreira então
Lutou matou cada irmão
Para poder escapar.
Depois da luta sangrenta
Com medo de ser punida
A tão valente guerreira
Fugiu em grande corrida
Se jogou no igarapé
Lá encontrou o Pajé
Sentiu que estava perdida.
O pajé era seu pai
E naquela ocasião
Sofrendo a morte dos filhos
Tomou uma decisão
Não podia desculpar
Precisava castigar
Sua filha sem perdão.
Naquele momento o Pajé
Com ânsia de se vingar
Pegou a índia no colo
Para no rio jogar
E sem hesitar jogou
Quando a guerreira afundou
Ele saiu do lugar.
Mas a valente guerreira
Teve a sua salvação
Os peixes sentiram pena
E entraram logo em ação
Transformaram em sereia
A índia daquela aldeia
Que gostou da solução.
Ela é metade peixe
Outra metade é mulher
É a rainha das águas
Como a magia requer
É a sereia que encanta
Quando solta a voz e canta
Do jeitinho que ela quer.
Nos rios da Amazônia
Yara passou a viver
Como uma linda Sereia
Com seu canto e com poder
Lá o homem que chegar
Ela atrai para afogar
O povo vive a dizer.
Segundo a Lenda de Yara
Quem conseguir escapar
Termina ficando louco
E se quiser se tratar
Precisa ter muita fé
E procurar o Pajé
Só ele pode curar.
Essa história da Sereia
Repleta de fantasia
Muitos contaram em prosa
Enfeitando com magia
Hoje eu canto este universo
Na rima de cada verso
Nas estrofes da poesia