Meu Papa,
O derradeiro dos Poetas ‘malditos’ partiu hoje cedo.
Eu era seu fã e escrevi pra ele o texto abaixo, tão logo soube de sua partida.
Adeus, Miró. Há Deus?
Foi nesse domingo,
no chove-chove dos domingos cinzentos.
Miró não foi à praia e não deixou a viagem para a segunda. Virou Poesia e foi ao encontro de Deus.
Partiu perto das 10, assim que acabou a missa das 8. Levou seu Verso. Viajou convencido de que, apesar dos efeitos colaterais, o amor ainda é o melhor remédio.
Amanhã, antes do almoço,
fará um recital nas ruas e becos do céu e sorrirá quando os anjos o aplaudirem.
São Miguel, garçom do dia, lhe servirá um conhaque e ganhará um abraço. A gratidão sempre foi uma de suas virtudes. Que as rimas não lhe faltem em sua nova morada e que por lá existam mangues e pontes que lhe façam lembrar o Recife.
Adeus, Miró.
R. Uma grande perda para a cultura pernambucana, um artista talentoso.
Que ele descanse em paz.
Que os nossos leitores de outros estados conheçam esta figura lendo nota publicada hoje no G1-Pernambuco.
Basta clicar na foto abaixo
Adeus, grande poeta das ruas, praças e becos…
Um cantinho no infinito está reservado a você que muitas vezes apertei as mãos calorosas de inquietações.
Parte o corpo, fica o espírito declamando poesia nas noites solitárias de Recife.
Beijão, amigo!
Eu li num blog de Caruaru. Lamentável. Xico, belo texto.