Faroeste estrelado pelo brilhante ator Henry Fonda, no papel do pistoleiro Clay Blaisedell, Antony Quinn, no papel do pistoleiro (Tom Morgan) e Richard Widmark.
A vila de Warlock, onde se passa a história, tem um recorrente problema com um perigoso bando sediado no Rancho San Pablo, que constantemente saqueia a cidade e segue matando ou expulsando os Xerifes dali. Uma reunião do Conselho local decide então contratar um experiente e famoso pistoleiro (personagem vivido de maneira brilhante por Henry Fonda) para agir como Xerife, embora isso não seja lá uma atitude oficial/legal, mas uma medida desesperada dos cidadãos. Esse contratado salvador impõe uma série de regras aos cidadãos, entre elas, a presença de seu inseparável amigo (personagem também vivido de maneira brilhante por Anthony Quinn) e ambos irão iniciar sua trajetória de “colocar a cidade nos eixos”.
O diretor Edward Dmytryk faz um bom uso de sua larga experiência dramática para conduzir o soberbo elenco do filme, grupo que merece todos os elogios possíveis. Se a mesma direção perde a mão na condução das subtramas amorosas (a verdadeira pedra no sapato do filme) e não consegue juntar bem as muitas subtramas na parte final da fita (abrindo aí também um problema de ritmo pela montagem), é na direção de atores e na condução de cenas mais densas, com diálogos inteligentes e cheios de significado que o cineasta consegue as suas maiores conquistas. Aliado ao excelente trabalho do fotógrafo Joseph MacDonald com o CinemaScope, o diretor ainda consegue destaque na construção de belas cenas utilizando a paisagem, com destaque para a tentativa de roubo de uma diligência e um certo encontro romântico nos arredores da cidade.
Minha Vontade é Lei sai bastante do convencional, explorando questões psicológicas ou criando subtramas familiares e amorosas que ganham grande espaço no desenvolvimento da história, diminuindo consideravelmente os enfrentamentos, perseguições e fugas. A ação é majoritariamente centrada na cidade de Warlock e, à parte, os dilemas humanos desenvolvidos em distintos núcleos, levanta questões sobre o exercício do direito (enforcamento, linchamento e licença para matar ou estabelecer o controle frente aos cidadãos são temas discutidos) e questões sociopolíticas que jogam com os dilemas morais de cada grupo social àquela época.
Assim, vem à tona o caráter das mulheres e dos homens que elas amam; o desejo de um amigo para com o outro; a ânsia de ser herói, estar junto, morrer defendendo uma causa; ou a mudança de personagens dúbios ou foras-da-lei para o lado dos mocinhos. Estes são assuntos discutidos amplamente no filme. o que de certo modo o torna, como disseram alguns críticos à época de seu lançamento, “cerebral demais“.
A plácida direção de Dmytryk, assim como a trilha sonora muito bem marcada por peças épicas e outras mais sentimentais conseguem um bom resultado diante disso. Até a fotografia tem uma marca definitiva nesta seara, ao final da obra, quando ilumina com forte cor azul um saloon incendiado, contrastando aquela sequência à paleta de todo o restante da fita.
Existe uma aparência anticlimática vinda com a resolução da obra, mas este certamente é um final esperado para um filme que o tempo inteiro discute a aplicação da lei versus os desejos e gostos dos personagens. Quando lançado, o longa não chamou muita atenção, mas teve o seu reconhecimento a posteriori. Um faroeste diferente, intenso, inteligente. Uma obra que certamente conseguiu fugir dos clichês de seu gênero, por mérito dos seus dois personagens principal, principalmente o pistoleiro Clay Blaisedell, vivido por Henry Fonda.
Western Official Traile
Resenha
Um perigoso bando sediado em San Pablo.
Sempre ameaçando as redondezas e praticando crimes.
O líder do bando chamava -se Calamar.
Seu representante no crime chamava -se Pastel. E juntos tentavam dominar a região de San Pablo.
Traduzam os nomes do espanhol para o português e pronto. Estamos vivendo isso em 2024, aqui em SP.
Sérgio Melo, é triste o que o nobre comentarista afirma, mas estamos vivendo essa realidade judiciarista no nordeste brasileiro e em outras partes do país, o que é uma pena!
O Brasil, sob o comando do PT, tornou-se uma quadrilha de malfeitores, e sem data à normalidade porque o Judiciário está descondenando tudo.
Hoje de madrugada a insônia me levou para Lúcio Flávio.
Vou buscar a sua dica hoje.
Por bom que seja “WARLOCK (1959), Minha Vontade é a Lei”, com interpretação magnífica do ator Henry Fonda, no papel do pistoleiro Clay Blaisedell, defendendo a comunidade dos forasteiros, “Once Upon a Time In The West”, onde o ator se incorpora no papel do cruel Frank, é imbatível na história do faroeste.
Não tem quem lhe seja aos pés!
Vale assistir milhares de vezes Era Uma Vez No Oeste!
Não vai haver filme igual.
Jesus Ritinha de Miúdo, o maravilhoso poeta-cronista do JBF, pode assistir a “WARLOCK (1959), Minha Vontade é a Lei”, centenas de vezes.
Vale o ingresso.
Assisti-lo é o mesmo que assistir High Noon, do ótimo diretor Fred Zinnemann, com Gary Cooper no papel principal defendendo sua honra com caráter e personalidade.
Bagomoleano Tavares,
→ Minha Vontade é a Lei ← é ótimo nome para que os donos do poder aqui em «Brazuela» possam por como nome em suas sagas e subtramas nestas terras de palmeiras onde AINDA cantam os sabiás.
i VAMU QUI VAMU…