Rede de dormir armada no ponto mais “top” de Fortaleza
Muitos já sabem mas, outros tantos, não. Sou cearense, nascido em Pacajus. Quando nasci, no povoado Queimadas, o destino era em 98% Fortaleza, onde resolvíamos as necessidades de todos os níveis.
Pegávamos um ônibus da empresa Expresso de Luxo, às 07:00h e chegávamos em Fortaleza, na “Cidade da Criança”, por volta das 11:00h. Eram quatro horas de viagem – e quem conhece o trajeto sabe a distância.
Hoje, esse percurso é feito em 20 minutos e Pacajus integra a RMF.
Adolescente, estudei por 7 anos (4 anos no Ginasial, e 3 anos no Científico) no Liceu do Ceará, um dos três colégios mais antigos do Brasil.
Naqueles tempos, estudantes não eram tão baitolas quanto os de hoje. Nossas discussões e horizontes eram pelo país. Jamais pela dubiedade do gênero humano. Nossos pais condenavam qualquer tendência à viadagem – os de hoje são coniventes, e alguns até do mesmo naipe.
Bagunçávamos a partir do último degrau de descida da escadaria frontal do colégio, passando pela Rua Liberato Barroso até a Praça do Ferreira, costumeiramente nosso ponto de encontro. Já naquele tempo, muitos nos rotulavam de bagunceiros.
Dito isso, aproveito para dizer que conheço a Praça do Ferreira, tanto quanto conheço minhas duas mãos envelhecidas e enrugadas pela vida.
Na última semana estive em Fortaleza visitando duas filhas do primeiro relacionamento (ambas são “cariocas”, mas residem em Fortaleza). Decepção total. Com a cidade, claro!
O ambiente que, antes, parecia ser uma praça de Paris onde está erguida a secular Torre Eiffel, ou até mesmo a antiga Plaza La Concordia, em Caracas – agora nada mais é que uma Cracolândia com uma ampla cozinha à céu aberto.
Venezuelamos, faz algum tempo.
Os que ali ainda moram e vivem, aceitam tudo passivamente. A geração de “liceístas” não é mais a mesma. Baitolou total!
A foto anexada mostra uma rede armada numa das bancas de revistas e jornais da praça. A “Banca do Bodinho”, costumeiro ponto de encontro e discussões de torcedores dos times de futebol da cidade.
Fiz outras fotos, mas tenho vergonha de mostrar. Fotografei uma mulher “abanando” o carvão em brasa para aquecer uma panela velha de alumínio que estava num fogareiro – ali, nem me atrevi a verificar o que estava sendo preparado. Ainda que provavelmente sem tempero, o cheiro não era bom.
Tudo isso, sabemos, é o somatório dos anos que o PT e aliados usaram para destruir tudo e implantar suas filosofias de vida. Transformaram uma metrópole nordestina num reduto de fumadores de maconha, baitolas, lésbicas que se beijam ao ar livre e, dizem, alguns até fazem sexo tão logo a luz do dia vai embora.
E, sabem de quem é a culpa de tudo isso?
Não vou dizer. Vocês já sabem, e “eles” vivem dizendo a toda hora.
Triste, percebi a conivência e a passividade da população fortalezense, que prefere se esconder nos muitos shoppings da cidade, enquanto a “cupinzada vermelha” destrói o que ainda resta da cidade.