DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

Mote desta colunista:

É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

* * *

Dalinha Catunda:

Não sou dona da verdade
O bom senso assim me diz
Na vida sou aprendiz
Mas sempre bate a vontade
De repassar qualidade
A quem deseja ingressar
Com regras no versejar
E o pouco que sei não nego
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Rivamoura Teixeira:

Eu já dei até a dica
De como faz o traçado
O x do metrificado
Ele diz _exemplifica
Mas parece q ele fica
Olhando a banda passar
Ou prefere só ficar
Nesse pequenino ego
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Dulce Esteves:

Meus parcos conhecimentos
Gosto de compartilhar
Convidei, vamos estudar
Mas, me causou foi tormentos
Esses tristes elementos
Só souberam foi negar
Disse: eu sei metrificar
Esse peso não carrego
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Creusa Meira:

Às vezes a gente fala
Até com certo cuidado
Que o verso tem pé quebrado
Mas a pessoa se cala
Segue o caminho e embala
Mostrando não se importar
Vai querer me martelar
Mas afirmo, não sou prego
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Giovanni Arruda:

Precisa ter paciência
Pois no começo é assim
Fica pensando no fim
E quebra toda a cadência
Perde do verso a essência
Quem prioriza contar,
Eu aconselho tentar
Mas uma coisa não nego
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Bastinha Job:

É malhar em ferro frio
pedra que água não fura
clarear a noite escura
secar o leito do rio,
receita sem ter avio,
um ganho sem conquistar,
Poeta sem se inspirar
Tudo isso veto e renego:
É duro dar luz a cego
Que não pretende enxergar.

Um comentário em “UMA RODA DE GLOSAS

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