Dois colunistas do JBF tomando uma na bodega
Quinta-feira passada eu visitei a bodega do inigualável Jessier Quirino.
Tomei uma lapada de cana com tira-gosto de simpatia, mais um petisco bem assado da simplicidade desse nordestino arretado. Fora os caldos de causos e risadas servidos no balcão do estabelecimento.
E o bodegueiro, que em nada ficou adormecido, ainda me serviu com altruísmo um prato quentinho de conhecimento sobre a cultura matuta do sertão de todos nós.
Lá eu voltei ao passado e carreguei embrulhada num papel de bodega a sensação de pertencimento naquele pedacinho de paisagem do interior, que eu levo nas lembranças das bodegas de minha infância, lá no Acary do meu amor.
Da hospitalidade de Jessier Quirino me abasteci de um caminhão completo de satisfação.
O meu coração ficou alegre feito um pinto ciscando um terreiro coberto todinho de Vitamilho, e minha alma segura feito um parafuso de cabo de serrote, apertado na certeza de que o Nordeste é um país sem par. Jessier sendo hoje o seu maior embaixador.
Deixei meu nome escrito na caderneta dos sonhos da bodega, em um fiado que só pagarei noutra visita, desde que eu já possa fazer outro fiado, deixando-o pendurado no prego da melhor saudade.
Viva Jessier Quirino, o tampa de Crush!
O original!
O maior do Nordeste!
(Em memória dos bodegueiros acarienses Pacanã, Gabriel Severiano, Chico Torres, Tomaz Araújo, Zé Birro, Marcos de Pernambuco, Zé de Nequim e Chico da Bodega. As bodegas da minha infância)


Bom dia
Que dupla fenomenal. Sou fã de vocês e aqui do distante Goiás admiro a cultura que preservam e difundem.
Obrigado, Sérgio, por sua visita.
Puxe o tamborete e vamos prosear.
Fui um menino que curti o interior nas férias de meio e final de ano, sempre passando grandes momentos na cidade de Assu/RN. Na rua da minha vó sempre tinha que ir comprar na bodega de Seu Chico, compras pra casa ou mesmo pra mim depois de pedir muito pra minhas tias e avó. Ali algumas lembranças veem,, como: Papel grosso pra embalagem, mortadela pendurada pra corte, doces de todos os tipos e principalmente, eu sendo criança, aquele bomboniere giratória cheia de balas.
Boa lembranças…
Êita, Waguinho, as melhores lembranças!
Mostre essa publicação a Seu Zé Nílson.
Duas grandes autarquias.
Três com você.
Apareça mais vezes, Jerônimo. Expanda o seu sertão.
Uma dupla perfeita..
Fantástico!!! Uma viagem ao passado qdo tínhamos o prazer de passar uns dias no nosso interior.
Bom de mais, Jesus!
Um gde abraço, amigo!
Fiquei todo inchado com sua presença, meu diretor.
Fiquei feito um cururu tê-tei antes de entrar na lagoa.
Pois é JRM, tenho muita inveja da sua capacidade de escrever uma homenagem tão sob sob medida para tão especial artista como Jessier. Parabéns aos dois!
Obrigado por nos prestigiar, Flávio.
Dois gênios da cultura e da inspiração divina! Um encontro primoroso e histórico, nos anais do JBF.
Um belo presente de domingo para os leitores!
Parabéns aos dois grandes poetas e colunistas, Jessier Quirino e Jesus de Ritinha de Miúdo!
O ambiente da bodega mexeu comigo. Lembrei-me da bodega do meu saudoso pai, Francisco Bezerra Souto, ou Seu Chico Bezerra, em Nova-Cruz (RN), onde nasci e me criei. Abraços para os dois!.
Violante, seu comentário me deixa todo ancho.
Obrigado!
As bodegas eram pra gente uma espécie de portal pra outro mundo. Que era nosso e não era visto que na boguega de seu Chiquim, no beco da troca la em coronel ezequiel, eu compraria chocolate batom mas aproveitava pra roubar umas lascas de peixe seco salgado que depois vim a saber, eram de Bacachau da Noruega. Mesmo. E toca bodega pega a gente pelos cheiros. Um perfume que fica guardado pra sempre no cangote da memória.
Oswaldo Lamartine dizia que “todos nós temos um sertão de sua infância.” Eu faço uma paráfrase e troco sertão por bodega.
Fantástico.Eu sempre sonhei com esse encontro.Acompanho Jessier desde seu começo
Parabéns.Antonio
Leitura sensacional.
Texto de primeira, como sempre, de Jesus, à altura do talento e da inteligência de Jessier. Sou fã dos dois. Sintam-se todos os bodegueiros homenageados pela beleza do relato.
Obrigado pelo apoio, Xico.
Você sempre muito simpático.