Em cada feira, há o verso bonito de um violeiro. Nas esquinas, o resfolego amoroso de uma sanfona lembrando seu Luiz. No céu, uma lua branca e serena enfeitando o chão e enchendo de luz o rio. É este o meu Sertão, único, múltiplo, plural e singular. Não apenas bonito, mas sobretudo belo.
Sertão da macambira, do xique-xique, do mandacaru, plantas espinho/flor que acariciam o coração grande do sertanejo. Também sertão das flores e dos Poetas, que, tal qual pássaros, cantam suas loas e embelezam o dia-a-dia matuto. Aldeia do vaqueiro, do embolador, do aboio e das artes. Das carrancas, do couro e dos grandes Rios, o Santo Chico, o Pajeú…
Sertão que não se deixa por outro lugar, ainda que as asas da ribançã permaneçam enxutas. É este o meu Sertão, arrodeado de Paz e Fé por todos os lados. Abençoado pelo meu Padim Ciço e por Frei Damião. O Sertão que me faz gritar um Graças a Deus, todos os dias, pela consciência e ventura de estar aqui, de ser um ser tão sertão.
Faltou só dizer, mestre Xico, que o Sertão mais bonito é o q que está dentro, na nossa alma.
Vários sertões há, Doutor José Paulo. O do interior de nosso interior, o mais belo, concordo.