XICO COM X, BIZERRA COM I

Adoro um estúdio de música. Encontrar-me nesse ambiente com arranjadores, músicos de altíssima qualidade e técnico de gravação da melhor estirpe emociona-me. Mal comparando, ou comparando bem, é tão prazeroso quanto o melhor dos manjares, quando a fome aperta ou a uma boa cama, quando se é assediado pelo maior dos sonos. Aliado ao prazer implícito de estar nesse ambiente musical, deparei-me com a agradável tarefa a mim atribuída por amigo querido, morador do meu peito, de produzir musicalmente uma música de sua autoria, dando-me liberdade e autonomia de fazê-lo, da escolha dos músicos à concepção do arranjo, tarefa que confiei a um outro amigo dileto.

Senti-me o próprio Produtor ‘tampa de crush’. Diante de tamanha liberdade, providenciei o casamento inédito de um violoncelo com a sanfona numa ciranda, com o piano na base e o baixo fazendo a devida marcação. Além disso, a indispensável participação percussiva, que deve estar contida numa cantiga à beira do mar. Depois disso tudo, de algumas horas de estúdio e de vais-e-vens próprios de uma produção musical, eis que chegamos ao resultado final: uma bela ciranda, magistralmente interpretada por uma grande cantora da cena local, resultado que, por dever de ofício e em homenagem aos participantes, registro os participantes:

MÚSICA: GOSTO DE SAL; Autores: Paulo Carvalho e Cristiane Quintas; Arranjo e Piano: George Aragão; Músicos: Fabiano Menezes, Luizinho de Serra, Caca Barreto, Samuka; Voz: Leda Dias. Gravado, Mixado e Masterizado no Estúdio Gusdel por Délbert Lins.

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2 pensou em “UM ESTÚDIO, MIL SORRISOS

  1. Entendo perfeitamente o grande Xico. Durante décadas, todas as noites, ia para minha biblioteca, em Piedade. Maria Lecticia me perguntava por que ficava sozinho, por lá. Respondia que não estava só. Havia os livros. E havia música clássica, tocando numa vitrola ( nem sei mais como chamar isso ) . E é a coisa mais perto do Paraíso que conheço. Razão pela qual não apenas entendo, como concordo com o grande Xico Bizerra.

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