Nada como um elogio, uma crítica favorável, tanto no campo literário como no musical, para alimentar o amor próprio, massagear nosso ego e contribuir, como combustível generoso, para o prosseguimento da lida. Mas há também o outro lado. Um Poeta (nem sei se posso defini-lo como tal) no dia do lançamento do meu livro de crônicas BREVIÁRIO LÍRICO DE UM AMOR MAIOR QUE IMENSO questionou-me sobre o título, argumentando que IMENSO é um superlativo que não admite a existência de algo maior. Como poderia o meu amor ser maior que imenso? No entender desse ‘crítico literário’ o título do meu livrinho está errado. Isso, a meu ver, apenas o descredencia como Poeta. Como amigo, não. Continuo a considerá-lo, tanto que não revelo o seu nome, apenas ressalto ser ele bastante conhecido nas hostes musicais, principalmente. De outra feita, um outro ‘Poeta’ amigo (este, sequer lembro o nome) apontou erro grosseiro em minha música MIL COLIBRIS, quando, a certa altura, falo no coro de mil colibris saudando a mulher amada. Indaguei-lhe se o erro era de concordância ou decorrente de algum outro deslize gramatical e ele respondeu-me que o equívoco decorria de uma inadequação lógica tendo em vista que colibris não cantam e, assim sendo, seria impossível um coro deles. Respondi-lhe (e depois arrependi-me da grosseria) que os colibris dele podem não cantar mas os meus, ah, estes cantam mais que qualquer sabiá ou curió. Não compreendem estes pretensos bardos que a infinitude e a riqueza da poesia se inserem no permitido licenciamento concedido aos Poetas e está fora das paredes engessadas das lógicas óbvias e delimitações de regras, quaisquer que sejam, inclusive as gramaticais. O caminhante dos mesmos e velhos caminhos, não entendendo ou não admitindo metáforas, desconhecem o novo e terá como destino um pobre lugar-comum. Enquanto isso, seguimos absorvendo os dissabores a que estão sujeitos aqueles que escrevem ou compõem. Me abstendo de perder tempo com quem não merece um segundo: continuo caminhando e cantando e escrevendo, recebendo as críticas e delas até me alimentando para escrever minhas historinhas. Como esta. E compondo músicas, como COPO DE NADA que, pelo título, certamente estimulará a sanha crítica dos juízes severos da obra alheia. Pobres críticos: pensam que são Poetas.
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Imenso pode ser tudo, mestre Xico Bizerra, menos este sentido dado por seu fiel leitor. Diga a ele que vá aprender português. Aproveito e dou vivas. Ao texto. E ao seu autor.
Ah o ego, este devorador de elogios. O ego está sempre faminto e não admite desaforos.
Louve o texto genial! Louve o autor!
Fiquei leve, no ar, após a leitura!
Colibri canta e encanta com a sua leveza!
Precisa mais?
Valeu, grande poeta! Está manhã está linda!
Amanheceu belo o meu dia com comentários tão importantes de José Paulo, João Francisco e Cícero. Meu ego, envaidecido, agradece.
Imenso Poeta:
A INVEJA nada mais é que NÃO O/A TER E NÃO QUERER QUE ALGUÉM O/A TENHA.
Portanto ela é o primeiro-motor, a geradora de todo tipo de crime, pois o invejoso é capaz de qualquer tipo de maldade – até a mais hedionda.
Logo, no teu caso, como na maioria, é PURA INVEJA.
Esses teus INVEJOSOS críticos, não são nada mais, nada menos do que INVEJOSOS QUERÍticos.
Por isso, responda-lhes (se é que merecem uma simples resposta!!!) com o que escreveu – outro IMENSO POETA – MÁRIO QUINTANA, no episódio da ABL (Academia Brsileira de Letras)*:
“ESSES QUE AÍ ESTÃO
ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO,
ELES PASSARÃO,
EU … PASSARINHO!!!”
* O Mário já tinha sido indicado 2 vezes para a ABL e perdido – não para 2 de suas qualidades, mas para umas nulidades, que não nos interessa lembrar nem os nomes.
Na 3ª indicação, ele exigiu a retirada do nome dele, finalizando-a com o poemeto acima – que na sua simplicidade, a sua genialidade diz tudo.
P.S.: Os índios guarani têm aquilo que – para mim – é a melhor tradução para “poesia”:
“ñe’ëmboty”
isto é, a “flor(ação da lingua(gem”;
ou seja, a “poesia” é uma “flor”, mas como toda “flor”, há de todo tipo de forma, de coloração, enfim, de beleza e de todo tipo de perfume – e para todos os gostos!!! -, mas nunca, jamais deixará de ser, simplesmente, aquilo que é:
uma “FLOR”,
a embelezar, a perfumar – não importando!!! – a língua e/ou a linguagem em/com que se expressa.
E o POETA é o seu primoroso e (até!!!) ciumento cultivador – o seu único hábil e amoroso JARDINEIRO.
Assim com há flores fedorentas ou que machucam ou são feias ou até venenosas, há, também, poesias com a mesma qualidade.
Porém não há nada que traduza melhor um sentimento humano como o cultivo (ou envio) de uma flor ou de uma poesia.
Todos os sentimentais já fizeram, fazem ou farão isso – seja de cultivo (autoria) próprio, seja de outrem.
Daí surgem os poetas, os trovadores, os cantadores, desde os mais simples aos mais sofisticados, todos tendo a sua legião de admiradores e, até, seus combativos e fiéis defensores.
Menos os invejosos que – no deserto ou no vácuo de suas existências (pois vida não têm) – são incapazes de ter algum sentimento, minimamente, positivo.
Aquilo que os/as move é ódio puro, tendo como combustível a sua incompetência, a sua total nulidade – traduzindo-se na sua INVEJA.
Por isso que (repito) a INVEJA é o primeiro-motor, a geradora de todo tipo de crime, pois o invejoso é capaz de qualquer tipo de maldade – até a mais hedionda.
Portanto, caro amigo (permita-me chamar-te assim!!!), sou um admirador confesso da tua produção poética, pois – tu tens pleno domínio gramatical e vocabular da “última flor do Lácio” – e, na fluidez espontânea delas, a gente mergulha, absorvendo, sentimental e instantaneamente, todo o seu genuíno significado.
Um baita abraço,
(repito) IMENSO POETA,
Desde o ALEGRETE – RS,
Adail.
Os três ‘As’ do teu nome bem indicam a classe a que pertence sua alma – CLASSE ‘A’. Obrigado pela generosidade de seu comentário. Receba meu abraço maior que imenso.
Desculpe o erro de concordância no meu comentário É bem verdade que a pressa continua intrigada com o bem-fazer.