Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa toxica de rum,
Amo o coveiro – este ladrão commum
Que arrasta a gente para o cemiterio!
E’ o transcendentalissimo mysterio!
E’ o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
E’ a morte, é esse danado numero Um
Que matou Christo e que matou Tiberio!
Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui…
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, Cruz do Espírito Santo-PB (1884-1914)