Na década de 1930, sendo Capiba já funcionário do Banco do Brasil, mas ainda estudante de Direito e já fazedor de músicas que obtinham grande sucesso, ganhou do pai de Fernando de Castro Lobo, (genitor do fabuloso compositor e cantor Edu Lobo) – o Coronel Lobo, que era abastado industrial em Campina Grande – uma viagem de navio para conhecerem o Rio de Janeiro.
Nessa época, ainda era capital da “República dos Estados Unidos do Brasil”, (de 1889 a 1968), quando ocorreu um fato difícil de entender, como muita coisa que acontece nestas glebas brasilianas.
Mas, antes de entrar na graça da história, vamos à História cheia de graça, conforme o título desta coluna.
Cabe aqui lembrar que nosso país já foi: Ilha de Vera Cruz, Terra Nova, Terra dos Papagaios, Terra de Santa Cruz, Terra de Santa Cruz do Brasil, Terra do Brasil e finalmente Brasil.
Mas como as reformas ortográficas são frequentes por aqui, no chamado “além mar” dos nossos descobridores portugueses, apareceu um galego enfezado e achou melhor – para dar a impressão que éramos um país sério – que seu nome fosse escrito com “Z”.
Já começou, daí, o parangolê!
Mas, já passamos por outra denominação, em tempos mais recentes: “República dos Estados Unidos do Brasil”, identidade que, para pronunciá-la, estufavamos o peito respondendo às perguntas de D. Arcelina Câmara do Colégio Dom Bosco, situado na Rua Imperial onde aprendi um bocado de coisas.
Mas, apareceram os gaiatos apelidaram de “República do Brasil dos Estados Unidos”. Foi pra avacalhar mesmo!
Visando vantagens desconhecidas, vieram os “gringos globalistas” e passaram a escrever o nome do nosso país com o “Z” – Brazil – que continua, coitado, valendo apenas no vai-e-vem do troca-troca de mercadoria entre países sérios, por dinheiro que só se persebe nos contratos de importação ou exportação.
“Mãe, nesta caixa que veio da internet pra senhora está escrito o nome do Brasil diferente. Num tá errado Brazil com “Z”? Fuzilou uma das minhas bisnetas, de apenas 4 aninhos. Deu trabalho para explicar a aparente burrada, que Cristiana percebeu. Ela que está na “Idade dos Porquês”.
Aliás, no vulgo do “economês”, se diz que é aceitável essa nova denominação, porque se trata de Comércio Exterior.
Aí aparece: “Made in Brazil”.
Mas, na verdade, nossas mais vendáveis mercadorias saem mesmo é do nosso interior; ou seja, das cidades interioranas, de onde alguns produtos hoje apresentam nas embalagens a indicação da forma que os gringos exigem.
Mas quando compramos, nem sabemos se elas saem das capitais estrangeiras ou dos interiores delas.
Também, há de se entender, que nós brasileiros, sendo filhos da terra tupiniquim, onde tudo muda, até a “Carta Indigna”, não há como se ficar espantado.
Ah, me desculpem! O certo é a Carta Magna, livreto que tanto emocionou o saudoso Doutor Ulysses, mas se tornou mais emendado do que lata de construção.
E até se presta à indignidade de produzir decreto legalizando que um “macho-de-armário” pode se casar com uma “boneca”. Tudo é possível neste rincão brasiliense!
Ah! Eu me esqueci de contar a história dos dois estudantes de Direito! Tem nada não, na próxima, falarei sobre Capiba e Fernando Lobo, durante a presepada dos Turistas Navegantes.