No sossego de Mogeiro-PB
Casebres de duas águas com uma mãozinha de cal
Chão de cimento queimado
E o rodapé escarlate, puxado à tinta e cordão
Calçamento da entrada secando fava e feijão.
Um posto de gasolina.
Vão da ladeira de cima dando pro quintal do padre
No máximo, um primeiro andarzinho de dois andares.
Divertimentos sonoros na boca da difusora.
Beijos bons de açúcar em namoro de portão.
Um delegado fuleiro e um soldado bronca zero.
Filete d’água corrente;
Três bodeguinhas no grau;
Caligrafias mimosas no saber das professoras;
Pé de pau bom de sossego e passarim bom de orquestra.
Salão & Barbearia Três Rei-Mago ou Três Irmãos:
Dois segurando e um cortando.
Dor na barriga do riso de um moleque risador.
Candeeiro fumarento a partir d’ave-maria.
Poço de sabedoria no quengo do rezador.
Matutos matraqueados: Zé, Antõe, Bastim e Pêdo.
Povo “bucho de piaba” que nunca guarda segredo,
E a conversa beradeira segredada na calçada.
O mundo se espedaçando e a cidadezinha nada.
E agora, quando meus versos se doze e meiam na noite,
Lá vai ela em décimo sono de franqueza enrodilhada.