Eu nunca ando só. Tenho sempre um Poema ao meu lado, me acalentando. Seguro na mão de algumas palavras, dou-lhes uma dose de rimas e com elas saio por aí, galopando à beira-mar, caminhando e cantando, sonorizando palavras, inventando verso e fabricando canção. Assim sou feliz glosando motes de alegria.
Armas, não tenho nem quero tê-las. Delas me livro. Prefiro me armar com livros, ideias, palavras. Tem dado certo e assim continuarei, vivendo de desafio, amando de improviso para um dia morrer nos braços de um repente, como disse um Poeta. Meus poucos amigos são amigos verdadeiros e me acompanham pela estrada e pelo Facebook. Instagram, sequer tenho. Sou avesso às modernagens tecnológicas que surgem a cada dia. Meu celular cumpre, tão-somente, a função para a qual foi pensado: fazer e receber ligações.
Busco a sensibilidade de ter, na mesma praça defronte à igrejinha de minha cidade, as visões que me proporcionam vê-la apenas da calçada ou, se preferir, do alto de sua torre, onde badala o sino, ensinamento recolhido de um livro de Sávio Pinheiro, exímio cronista e dedicado médico nos cariris cearenses. Como ele, ainda creio no amor, na amizade, no respeito às pessoas e acredito no bem que deve nortear nossas vidas. Esta, minha Religião, minha crença, doçura e cura. É só do que preciso para ser feliz.
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Falou da igrejinha mas não da cidade, mestre Xico. Qual é sua cidade?, afinal. Queríamos muito fosse o Recife. Abraços.
Mestre Xico é feito o poeta e compositor Luiz Fidélis que, certa vez, confessou ao produtor musical Emanuel Gurgel: “Na simplicidade é como eu vivo; não há outro meio de ser feliz.”
Sou do Crato, Padre José, gerado e parido. Mas tenho a ventura de também ser do Recife, por graça da Câmara de Vereadores desta Capital, que me concedeu o honroso título de cidadão Recifense (já era Pernambucano, também). Nosso Papa foi testemunha desse ato, sendo, inclusive, o orador na ocasião, com belissimo e inesquecível discurso.
Amigo Ciço, sou feliz por ser simples. Sou simples por ser feliz. Abraço