Aproveitei o feriado Primeiro de Maio para fuçar alguns papéis antigos, contendo algumas anotações, então direcionadas a pessoas de várias situações sociais, inclusive residentes no exterior. E encontrei muitas delas com uma incrível contemporaneidade XXI, que reproduzo abaixo, aproveitando o espaço que me concede o Luiz Berto, esse escritor de Palmares muito arretado de ótimo. Eis as mais XXI:
– Por que boi é homem gordo, e vaca é puta?
– O Camões era um danado de ótimo na intuição: “Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las.”
– Em época de crise, toda pequena ajuda é infinitamente melhor que muita pena.
– A conclusão idiótica de um ex-presidente agora portador de tornozeleira eletrônica: “Eu sou fácil de lidar. Desde que as pessoas aprendam como me venerar.”
– Para o eleitorado brasileiro atual: “Tenha sempre noção de realidade, embora esteja muito distanciado da atual.”
– Alerta amigo, depois de um pronunciamento presidencial em 1º. de maio: “Quando a lua está cheia, ela começa a minguar”.
– Uma questão para o MEC: “Se esta é a idade da informação, por que uma grande maioria sabe quase nada?”
– Para toda a Esplanada dos Ministérios, do economista John Kenneth Galbraith: “A tendência da burocracia é achar objetivo em qualquer coisa que se esteja fazendo.”
– Para o ministro Carlos Lupi, um recado do cientista Carl Sagan: “A ausência de evidência não significa evidência da ausência.”
– Para os alucinados de todas as agremiações partidárias, uma definição de Winston Churchill, um político que entendia bem de crise: “Fanático é o sujeito que não muda de ideia e não pode mudar de assunto.”
– Para um graduado do atual ensino superior brasileiro, uma advertência do Barão de Itararé: “O diploma não encurta a orelha de ninguém.” E Miguel de Unamuno sempre exclamava, quando testemunhava um boçal graduado dizendo asneira: “Todo pedante é um estúpido adulterado pelo estudo.”
– O Fernando Pessoa, poeta notável que detestava os passivos e acomodados: “Tudo é ousado para quem nada se atreve.”
– Pouco adianta ter um bom QI se não possui um bom farol para bem caminhar existencialmente.
– Para o eleitorado de 2026: “O conhecimento não pode nos fazer a todos líderes, mas pode ajudar a decidir que líder seguir”
– Um recado do ex-presidente Bill Clinton para o presidente Lula, que teima em manter no seu ministério enrolocratas visíveis: “Você pode colocar asas em um porco, mas não pode fazer dele uma águia.”
– Recomendação para os parlamentares de todos os plenários brasileiros: “Não discuta com idiotas, os outros podem não diferenciar”.
– Quando vejo uma atleta beijar uma bola antes de arremessá-la de volta ao jogo, sempre me lembro do escrito num para-choque de caminhão nordestino: “Se ferradura chamasse sorte, burro não puxava carroça.”
E sempre devemos seguir adiante, de narizes arrebitados, percebendo-se metamorfoses ambulantes evolucionárias sem jamais esquecer que “um idiota pobre é um idiota, um idiota rico é um rico.”
No mais, torcer para a megaoperação fiscalizatória do INSS não se transforme numa merdaoperação, que redundará apenas num penico cheio.