RODRIGO CONSTANTINO

Existem dois grupos claramente distinguíveis nessa pandemia: os oportunistas, que politizaram tudo por interesse político ou comercial, e os apavorados, que associam a palavra Covid diretamente à morte, e basta alguém testar positivo para receber uma espécie de extrema unção. Ambos os grupos são imunes aos argumentos e fatos.

“É inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão”, disse Jonathan Swift. Tente quantas vezes quiser explicar que não há motivo para tanto medo de avião, com base em estatísticas e tudo, e aquele com fobia de avião vai simplesmente te ignorar, quiçá te ofender!

Acontece o mesmo com essa pandemia: a bola da vez é a vacinação em clima de urgência das crianças. E lá vai você mostrar dados oficiais, argumentar que morreram pouquíssimas crianças de Covid, a maioria com comorbidades, outras causas de mortes infantis são negligenciadas, há incoerência quando o mesmo que circula tranquilo com o filho de carro se mostra apavorado com o vírus, mas nada adianta. Estão em pânico!

Vão encher os filhos pequenos de máscaras, ignorando as consequências psicológicas disso, vão colocá-los como cobaia de vacinas que o próprio laboratório diz precisar de alguns anos para concluir os estudos, vão injetar doses de reforço quantas vezes o Dr. Fauci ou qualquer outro mandar, pois estão com muito medo, e pessoas com muito medo não pensam.

Ora, se os oportunistas não podem ser persuadidos pois são canalhas, e os apavorados não podem ser convencidos pois estão em pânico, então fica a pergunta: por que argumentar? E a resposta, aqui, me parece ser análoga ao esforço do protagonista de “1984”, Winston, de relembrar que 2 + 2 = 4. Aqueles que não perderam o juízo precisam rabiscar essa verdade, nem que seja para destacar que são os outros que enlouqueceram.

“É muito perigoso ter razão em assuntos sobre os quais as autoridades estabelecidas estão completamente equivocadas”, alertou Voltaire. Gritar obviedades, enquanto for possível, é um ato de ousadia e coragem nos dias de hoje. Mas se ninguém mais fizer isso, todos vão achar que a loucura é a norma, só porque tem poder ou quantidade. É preciso preservar a razão em tempos de histeria coletiva…

7 pensou em “RAZÃO EM TEMPOS DE HISTERIA

  1. Constantino: “Tente quantas vezes quiser explicar que não há motivo para tanto medo de avião”. Puxa, mas morreram 600 mil pessoas em acidentes aéreos no Brasil o ano passado? Com todo o respeito, comparação esdrúxula.

  2. .
    Para os Apavorados com Covid

    E eu era um deles ……….

    Tenho 71 anos, aposentado, fui fumante de 1966 a 2009 (44 anos), com média de um maço e meio por dia e tenho hipertensão arterial.

    Com o início do drama do COVID, desde março/2020 ficamos isolados.
    Eu, minha esposa e minha sogra,

    Minha sogra com DCB (Degeneração Córtico Basal) e Câncer precisa de várias cuidadoras para o banho, alimentação e a vigilância nos engasgos constantes.
    Necessita ainda a presença dos fisioterapeutas e fonoaudiólogas, portanto correndo, mesmo dentro de casa riscos constantes.
    Com estas características é uma pessoa, que se pegasse COVID estava potencialmente dirigida para a morte.

    Em função disso, durante todo o período de 2020 e 2021 fizemos o que o bom senso mandava, isto é, com a higienização rigorosa das pessoas que circulavam na casa, e com a necessidade das saídas para supermercados, farmácias e principalmente para os hospitais era um verdadeiro plano de guerra.

    Máscaras, Óculos, luvas e as garrafinhas de álcool em gel, pois minha sogra, ao longo desses 2 (dois) anos precisou de tratamentos hospitalares e laboratoriais e, apesar de todos os cuidados, não podíamos evitar as salas dos hospitais e laboratórios lotados com toda a carga de risco dos vírus circulando nestes ambientes.

    Pois é …….

    Conseguimos passar estes dois anos sem nenhum problema mas, agora em 10/01/22, sem entendermos ainda, ONDE e/ou COMO, minha esposa começou com os sintomas leves de uma gripe. Dois dias depois, minha sogra também. Passados mais 24 horas, Eu também fui atacado.

    Com uns sons estranhos na respiração, levamos minha sogra, a pessoa mais vulnerável ao hospital para um check Up………. foi diagnosticado COVID.

    Nossa situação Vacinal
    Eu com três doses = 2 Coronavac e 1 Pfizer
    Esposa = 2 Astrazenica
    Sogra = 2 Astrazenica

    Tudo começou com minha esposa em 10/01, minha sogra foi em 12/01 e Eu em 13/01. No dia 15/01 a cuidadora foi também diagnosticada com COVID.

    Hoje 16/01.
    Minha esposa que teve febre de 38º só no dia 10, minha sogra que teve febre de 37,5º somente no dia 12 e Eu com febre de 37º apenas no dia 13, não passamos disso. Foram sintomas bem leves, sem dores de cabeça, sem dores no corpo e sem mais febre.

    Muita vitamina C, boa alimentação, descanso, muito água, muito suco de limão e um xarope, função da garganta que fica um pouco irritada.

    Comuniquei para os amigos mais chegados e tive uma surpresa. Todos, sem exceção, comunicaram que tiveram, ou um parente, ou filho, ou nora ou neto (crianças assintomáticas) o diagnóstico positivado para COVID.

    De todos os relatos, apenas uma exceção, onde o paciente foi internado. O restante do pessoal, com sintomas leves, exatamente como a minha família e todos admitiram, como nós, que já tiveram gripes com consequências mais graves e mais doloridas.

    Resumindo …….:
    0- Provavelmente no nosso caso a variante Omicron.
    1- Esta variante só pode ser definida com exames em laboratórios especiais.
    2- O paciente internado já em casa e passa bem.
    3- Todo o pessoal que foi positivado, ou em quarentena como nós, ou já liberado.
    4- Talvez o Dr. Roberto Zeballos tenha razão. Esta variante, apesar de fácil propagação, tem bem pouco agressividade.
    5- Para adicionar, tenho um irmão, que em 2020 estava com 72 anos, asmático, sem vacina ainda e pegou COVID.
    P = Mano, como foi sua experiência na época?
    R = “…Tirando o apavoramento que sentia em função das notícias apavorantes na mídia, graças a Deus foi bem leve. Já tive gripes bem piores…”

    Concluindo …..:
    Leiam com atenção o Constantino e busquem a racionalidade. Cuidados preventivos não fazem mal, mas o pavor sim é muito perigoso e não ajuda em nada, exceto aumentar o stress natural e atrapalhar as decisões

    • Caro Arthur, fico extremamente feliz de ver este teu relato.

      Primeiro por saber que v., sua esposa e sogra passaram por esta variante da gripe chinesa e estão bem.

      Segundo por constatar que agora finalmente v. tomou a verdadeira vacina, a natural e realmente está imune ao vírus.

      Tenha um bom final de Domingo.

      • João, na realidade nao é assim.
        Minha cunhada, enfermeira teve Covid o ano pasado, apesar de vacinada e pegou novamente agora, sem sintomas, mas graças a Deus está bem.
        Só ficou sabendo porque a vizinha com quem sempre fala avisou que estava com Covid. Ela foi fazer exame e possitivou.
        Portanto, dpende muito de cada pessoa, e sendo assim, todo cuidado é pouco.

    • O Dr . Zeballos , deve ser este , deu várias entrevistas e em uma delas disse não ser contra nenhum dos tratamentos da época com vistas a salvar a vida do paciente . Ainda não havia a vacina . O que não aceitava era deixar o paciente ao Deus dará .
      O nosso presidente deu a entender também na época que o vírus não o atingiria facilmente pois tinha resistência suficiente. E é claro devido a muita coisa , tem mesmo , inclusive a facadas , a imprensa e políticos.
      Em minha região praticamente todo mundo se vacinou e boa parte como eu eram idosos que tomaram uma terceira dose. Todos passam bem.
      Os que não tiveram tempo e chance de se vacinar quando o caso era mais grave ,partiram . E foram muitos , alguns até por outros motivos , mas entraram no rol do covid. Minha irmã trabalha no escritório de uma funerária ,e sei a movimentação da época. Uma sobrinha trabalha em hospital , é técnica de enfermagem .
      Para finalizar , nem muito ataque , nem muita defesa , pois os dois lados apenas perturbam querendo provar seus pontos de vistas , muitas vezes em cegueira total. Realmente é preciso ser racional .

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