MAURÍCIO ASSUERO - PARE, OLHE E ESCUTE

Quando a gente pensa que chegou ao fundo do poço, a gente descobre que era um fundo falso que vamos descer um pouco mais. É assim esse Brasil: a cada dia mais fétido, mas imoral, mais amoral e a podridão emana dos poderes constitucionais, hoje, sem qualquer exceção.

O título da coluna eu peguei da chamada de um jornal peruano e abaixo transcrevo:

Como é do conhecimento público, a Odebrecht envolveu-se em falcatruas em diversos países do mundo. No Peru, os presidentes amigos de Lula foram pra cadeia. Foram quatro ex-presidentes presos e dentre eles Alan Garcia cometeu suicídio. Ia ser preso, mas preferiu dar um tiro na cabeça por conta de um mandado de prisão por corrupção, enriquecimento ilícito. Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczinsky foram para cadeia.

A matéria é um chamamento para a absurda decisão do ministro Dias Tóffoli que anulou todas as provas fornecidas pela Odebrecht. E o fez de maneira estupenda: Lula foi vítima de uma armação para lhe impedir ganhar a eleição em 2018. A alma mais honesta do Brasil, acaba de ganhar uma procuração “passada no cartório do STF” de que o crime, em alguns casos, compensa bastante.

Marcelo Odebrecht foi claro com a luz do sol: deu dinheiro diretamente e através dos seus executivos para “o amigo do meu pai”. Não eram reais apenas, eram 200 milhões de reais e segundo ele Palocci ainda falou em 300 milhões. Cara! É milhão que só a porra e vem Dias Tóffoli e diz que nada disso vale. A Odebrecht era escrota demais nos seus apelidos e dentre eles tinha um chamado “o amigo do amigo de meu pai” que é, simplesmente, Dias Tóffoli. Esse ministro incompetente que tem no seu currículo apenas o fato de ter sido advogado do PT e, por isso, chegou ao STF conduzindo por Lula para fazer, exatamente, isso: mostrar que a impunidade é a tônica desse país.

O mais incrível é que com base na decisão dele, tem-se um pedido de investigação dos integrantes da Lava Jato, numa pura demonstração de revanchismo, de perseguição, a exemplo do que só se vê em republiquetas ditatoriais. O STF sempre atuou como um escritório advogatício de Lula e para completar, está lá Cristiano Zanin que ao longode todo o processo foi advogado de Lula.

De quem é a culpa? Do eleitor que colocou esse pária no poder. Que elegeu um congresso sacana, constituído por corruptos que vivem pendurados em processos por improbidade no STF. Qualquer coisa, o STF pode na pauta um processo contra fulano o beltrano. Foi assim com a cassação de Deltan Dellagnol: Arthur Lira esbravejou que apenas a câmara tinha poder para definir a cassação de um deputado e Dias Tóffoli colocou na pauta um processo contra Arthur Lira. Isso foi de manhã e quando a mesa abriu o trabalho, a cassação de Deltan foi aprovada e no final da tarde o processo contra Lira foi arquivado. Simples assim.

O Peru apela para que lá não aconteça o mesmo que ocorreu aqui. Tudo indica que lá não se observa cafajeste como os daqui. Mas, tem uma coisa que Tóffoli não pode apagar: a condenação da Odebrecht em tantos outros países. Eles se aproveitaram de políticos corruptos e pagaram por isso. Agora, o bom de tudo isso vai ser quando as empresas começarem a solicitar a devolução dos valores pagos nos acordos de leniência. Vai ser lido, pois se não houve crime, não há razão para ter-se pago.

2 pensou em “QUE NO NOS PASE LO MISMO

  1. É caro Maurício, triste sina desse país, quando pensávamos que tínhamos luz no fim do túnel, capiroto foi empurrado de goela abaixo e o futuro só Deus para que algo diferente venha acontecer.

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