Isenção do IR até R$ 5 mil era uma promessa de campanha de Lula
O dólar disparou e ultrapassou a marca dos seis reais. O “pacote” de corte de gastos anunciado pelo ministro Fernando Haddad foi encarado como a piada que é: promessas vazias, populismo eleitoral e nada mais. O governo Lula é perdulário, só pensa em gastar e tributar os “ricos”, enquanto demoniza o tal mercado, um “dinossauro voraz” na cabeça do presidente. O que pode dar certo?
A dívida bruta bateu na marca dos nove trilhões de reais pela primeira vez, e isso sem qualquer pandemia para justificar o aumento. Nada disso deveria surpreender quem acompanha o petismo nas últimas décadas, claro. Não obstante, não faltaram medalhões da Faria Lima dispostos a “fazer o L” sob o pretexto de “salvar a democracia”. Agora estão com medo e alguns abandonam o barco.
Mas são cúmplices do caos. São responsáveis pela volta do ladrão à cena do crime, como diria Alckmin. Não adianta ensaiar um afastamento gradual agora do petismo, pois todos lembramos do que fizeram no verão passado. Era evidente que Lula tentaria destruir o Brasil uma vez mais. Esse é o projeto petista, afinal. E Lula estava mais vingativo ainda, ressentido, amargurado. Não poderia ser diferente.
Agora veremos aquele espetáculo de transferência de culpa ou de minimizar os efeitos da desvalorização da nossa moeda: “ninguém come dólar”, “especulação gananciosa” ou “traição do mercado”. O fato, porém, segue inalterado: o mercado é um mecanismo dinâmico que tenta projetar o amanhã, e a única certeza que temos com esse desgoverno é que hoje será menos pior do que amanhã.
O economista Bruno Musa publicou uma foto com alguns desses tucanos, como Bacha, Malan, Arminio e Persio Arida, e escreveu: “Como caíram na armadilha do maior corrupto do Brasil? Como defenderam o indefensável e imoral?” São perguntas pertinentes e falta muita gente nessa lista, como João Amoedo, Elena Landau e Luís Stuhlberger.
Como os petistas se farão de sonsos agora, cabe resgatar alguns comentários não tão antigos deles. Em 2021, Zeca Dirceu perguntou: “Quem bate R$ 6,00 primeiro, o dólar ou a gasolina?” No mesmo ano, Sâmia Bomfim comentou: “A alta do dólar aumenta o preço do pão que a gente come no café da manhã, porque o valor do trigo está atrelado à moeda americana. Quando o dólar sobe, a sua comida fica mais cara. Sabe de quem é a culpa? Jair Bolsonaro!”
E agora, sem pandemia, de quem é a culpa? A petista deve estar preocupada com o preço do pão, não é mesmo? Rui Costa culpou o feriado nos Estados Unidos! O ex-presidente comentou: “Ufa, pelo menos, dessa vez, a culpa não foi do Bolsonaro”. Ou será que a turma petista vai dar um jeito de culpar o vilão de sempre?
Quando o dólar passou de cinco reais pela primeira vez, o PT cobrou em sua página oficial medidas do governo Bolsonaro: “Ao invés de pensar ‘quanto pior melhor’, prefiro cobrar os responsáveis por nossa política econômica. E agora, Guedes?”. Puxa, que saudade de Paulo Guedes! Em 2019 o PT já tinha alfinetado o ministro: “Incapacidade da gestão Bolsonaro faz dólar bater recorde de R$ 4,26”. Que saudade desse nível do câmbio!
O partido acrescentou: “O desgoverno de Bolsonaro e Guedes, marcado pela dificuldade de gerir o país e somado às declarações polêmicas deixam mercado financeiro cada vez mais receoso e dólar segue em alta”. Podemos copiar e colar essa mensagem para o momento atual? E não custa lembrar do que disse o próprio Lula em junho deste ano: “Quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”. Mesmo?
Resta a todos que acreditaram em chuva de picanha abandonar as carnes nas festas de fim de ano, pois já subiram mais de 10% e vem mais inflação por aí. Quem sabe o “especialista” Felipe Neto pode nos dar uma luz sobre o dólar? O imitador de focas, afinal, andou dizendo que Lula garantia uma estabilidade maior da moeda do que seu antecessor. Por onde anda o rapaz agora?