Andei em longas excursões distantes:
Vi palácios, sacrários, monumentos,
Focos da indústria, artísticos portentos…
Praças soberbas, capitais gigantes.
Mas lia, em toda a parte, nos semblantes,
Dores… lutas… idênticos tormentos…
– Onde a pátria dos risos?!… Desalentos
Colhi apenas, mais cruéis que dantes.
Achei, enfim, num pequenino porto,
Crenças, consolações, calma, conforto,
Tudo que anima, enleva e maravilha:
Ninho de encantos que a inocência habita
Promontório do céu, plaga bendita.
É junto ao berço teu, ó minha filha.
Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, Ouro Preto-MG (1860-1938)