Tomei este título a partir de um artigo do grande jornalista Augusto Nunes, da Revista Oeste e de uma conversa que tive com meu amigo e irmão Marcelo Cestari sobre o que está ocorrendo em Pindorama nesses anos pavorosos e a temática da anistia aos presos políticos do dia 08/01/2023.
O que mais me horroriza é ver como aqueles que foram perdoados pela lei da Anistia de 1979 vociferam e babam de raiva quando o assunto é anistia para os presos e acusados de 2023. Ouço a palavra de ordem dessa canalha…. “sem anistia”!, sempre que se ajuntam em shows pagos com o dinheiro do pagador de impostos, ou financiados pela famigerada Lei Rouanet.
Pode-se fazer um percurso reverso da história até a gênese da lei da Anistia de 1979, quando o general Ernesto Geisel, então Presidente da República, disse, em uma reunião do Alto Comando Militar do país, cinco importantes palavras que viraram a manivela da história para acabar com o arbítrio, com a tortura e com os banidos “lenta, segura e gradativa distensão”. Essas palavras foram ditas, antes mesmo de Geisel impor disciplina às Forças Militares que viviam em estado de reunião sindical, com anarquia e insubordinação constante.
Apesar de ter sido aprovado no governo do general João Figueiredo, a forma final do texto da lei se deveu à maestria intelectual e política do general Golbery do Couto e Silva, o famoso “satânico Dr. Go” Genedow – os mais velhos saberão do que estou falando e dos apelidos que o general Golbery tinha, principalmente nos corredores ministeriais e desvãos do Congresso Nacional.
A lei foi sancionada por Figueiredo, porém, no seu preâmbulo está escrito… “O Congresso Nacional decreta, e eu sanciono”. Ou seja, foi o Congresso Nacional, os representantes do povo – deputados e senadores -, das mais diversas matizes política que buscaram a pacificação do país e a busca de caminhos para o futuro. Anistia significa isso: perdão, mas não esquecimento.
Foi a lei de Anistia de 1979 que permitiu que guerrilheiros comunistas como José Genoíno Neto, terroristas como José Dirceu e Dilma Roussef, além de agitadores como Caetano Veloso, Miguel Arraes, Luís Carlos Prestes, Paulo Freire, Leonel Brizola, Chico Buarque, Betinho, Fernando Gabeira entre outros, pudessem voltar ao país e reorganizarem suas vidas, até mesmo recebendo capilé oficial como indenização pela perseguição estatal. Mas, isso é matéria de discussão para outro texto.
Quem tem mais de sessenta anos deve se lembrar de “Vanda”, nome de guerrilheira de Dilma Roussef, cujo grupo terrorista matou o soldado raso Mário Kozel Filho, o Cuca, que estava tirando guarda na entrada de seu batalhão e foi morto por uma caminhonete cheia de explosivo, sem ter nenhuma participação na violência cometida pelo Estado. Morreu apenas porque era um militar cumprindo serviço obrigatório pela lei brasileira.
Ou mesmo José Dirceu que, treinado em Cuba para ser guerrilheiro e terrorista, achou pesado demais, dada à sua preguiça moral e intelectual, e foi disfarçado, se homiziar no interior do Paraná, como dono de loja de tecidos. Tão logo veio a Anistia, revelou quem era, abandonou a esposa e voltou a São Paulo para ajudar a criar o PT e tentar destruir o Brasil mais uma vez.
São exatamente essas pessoas, anteriormente perdoados pela sociedade brasileira, haja vista o Congresso é uma representação do povo que, na atualidade são os mais intransigentes defensores da não anistia para os injustiçados do 08/01/2023. São os perdoados do passado que nem cogitam a hipótese de perdão para os outros. Isso me faz lembrar a parábola de Jesus sobre o homem que devia mil denários para outro homem, pediu clemência e foi perdoado, mas quando encontrou outro que lhe devia cem denários, não teve a mesma misericórdia. Pegou o devedor pelo pescoço e exigiu pagamento. Quando este disse que não tinha mandou-o para a cadeia, para o sofrimento até receber o que o outro lhe devia.
Observem a crueldade, a ignomínia dessa gente. Buscaram o perdão e foram perdoados pela sociedade brasileira por crimes como assalto a banco, terrorismo, assassinato, sequestro, execução sumária, guerra de guerrilha e outros crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Hoje, essa mesma gente vocifera que não há perdão para senhoras com Bíblia debaixo do braço, carregando uma bandeira do país, ou mesmo uma senhora que escreveu com batom na estátua da deusa Dice. Não é hipocrisia. É sadismo puro, é crueldade. São pessoas malignas, mas malignas no sentido bíblico de malignidade, que se liga ao demônio, a antiga serpente, a Satanás. A essência da alma dessa gente é má, destrutiva, perversa.
Diante dessa situação, eu se me peguei perguntando….se essa gente não tem o dom de perdoar e buscar a pacificação da nação, por quê eles merecem o perdão da nação? Por que gente que foi perdoada por crimes previstos na lei penal, na atualidade, com seus corações negros e endurecidos como pedra merecem o perdão dado pela sociedade lá em 1979? Não merecem!
Isso me leva a concluir que precisamos nos mover para, democraticamente, no Congresso Nacional brasileiro, votar pela revogação daquela lei que perdoou gente incapaz de perdoar. É uma questão, não de vingança, ou mesmo revanche, mas de equilíbrio de justiça e de verdade. Se aqueles perdoados que não perdoam, então, também, não merecem o perdão que a sociedade graciosamente deu a eles.
Podem me criticar, ou mesmo me execrar. Aceito qualquer tipo de crítica, até mesmo de exposição pública, mas fico cada vez mais convicto de minha posição, pois a parábola de Jesus também vai nesse caminho. Se alguém que foi perdoado não tem a capacidade do exercício do perdão, então esse alguém não merece o perdão que recebeu.
O interessante é que cada dia que passa esse estoque de bandidos aumenta mais. Será que esses eleitores são todos analfabetos, principalmente os do nordeste !!!
O problema não são em quem votamos, aqui no meu nordeste foram eleitos duas figuras honestas e do bem, um é do PL outro de um outro partido que alia-se ao dono do poder do momento, mas aí vem o grande mal, partido tem dono e alinhado com quem não presta, seus eleitos tem que rezar por sua cartilha.