Para Altamir Pinheiros
Pat Garrett e Billy The Kid é um faroeste clássico, sem maquiagem, do Poeta da Violência, Sam Peckinpah, meio desconhecido dos aficionados do western raiz, mas que deixou sua marca pela canção de duas estrofes e o refrão, escrita na época pelo maior músico e compositor do Século XX, Byb Dylan, para fazer parte da trilha sonora: Knocking on Heavens Door.
A começar pelo elenco, Jemes Coburn (Patt Garrett), Kris Kristofferson (Willian Bonney), Bob Dylan (Elias), Jason Robards (Gov. Lew Wall), Rudy Wurtitzer) e Katy Jurado (Mrs. Baker), o Poeta da Violência imprime seu ritmo alucinógeno nas cenas de combate sem deixar margem para que outros cineastas o substituam. Kris Kristofferson foi quem deu a ideia a Dylan para escrever a canção para o filme, que se tornou um clássico do cantor e compositor.
Knockin’ on Heaven’s Door, o inesperado sucesso de Bob Dylan, completa 50 anos, e tornou-se sucesso no mundo todo.
Segundo o crítico musical José Teles, no seu site oficial TELESTOQUES, o livro Bob Dylan – The Lyrics 1961 -2012 reúne as letras que Dylan compôs durante 51 anos, um calhamaço com 740 páginas. Uma produção prodigiosa, com dezenas de obras-primas, que o levaram a ganhar um Nobel de Literatura em 2016. No entanto, uma das canções mais simples, despretensiosas (duas estrofes e o refrão), escrita para ilustrar uma cena do filme Pat Garrett e Billy The Kid, tornou-se a mais conhecida do compositor mundo afora. A genialidade é o tutano da simplicidade.
Cantada por estrelas como Eric Clapton, Guns ‘n’ Roses, The Byrds, Harry Styles, Elvis Costello, Zé Ramalho. Há até uma versão de John Lennon, num CD da série The Lost Lennon Tapes. É obrigatória no repertório de bandas que fazem covers de rock setentista. Em 2004, num desses listões da Rolling Stone, que frequentemente compila canções mais isso ou aquilo, no das 500 Melhores Músicas de Todos os Tempos, a de Dylan figura na posição 190.
A estas alturas fica óbvio que a canção é Knockin’ on Heaven’s Doors, que completou 50 anos 2023. Foi escrita num dos anos menos prolíficos do compulsivo Bob Dylan. Em 1973, ele só lançou um disco de estúdio, com a trilha do filme de Sam Peckinpah, Pat Garrett and Billy The Kid, com James Coburn, e Kris Kristofferson. Este último foi quem convenceu Dylan a compor as músicas do filme, inclusive “Knockin’ on Heaven’s Doors”. Dylan acabou fazendo um papel coadjuvante, um sujeito chamado apenas de “Alias”, ou “Vulgo”, que mal fala nas cenas em que aparece (a foto é um still de Dylan como Alias)
Feito numa época em que o western estava em baixa, Pat Garrett and Billy the Kid não foi sucesso de bilheteria, nem de crítica. Tampouco se esperava que a música tivesse vida própria fora das telas. Lançada dois meses depois da estreia do filme, Knockin on Heaven’s Door iniciou sua carreira de sucesso. Seria a música mais regravada de Bob Dylan nos anos 70. Foi gravada na Cidade do México, com participação de Roger McGuinn (The Byrds), no violão, e Jim Keltner na bateria, Terry Paul, no baixo, e Carl Fortina, no Harmonium, e ainda um coral feminino.
Pat Garrett & Billy the Kid Official Trailer #1 – James Coburn Movie (1973) HD
Pat Garrett and Billy the Kid Knocking on heavens door
Bob Dylan – Knockin’ on Heaven’s Door (Live)
Knockin’ on Heaven’s Door (Batendo a Porta do Paraíso) é uma música que retrata a história de um policial que, diante da morte, chama por sua mãe e pede a ela que lhe tire o distintivo e suas armas, porque ele não mais precisa dessas coisas, pois ele já se sente batendo nas portas do céu. Quanto ao filme pouco conhecido “Pat Garrett & Billy the Kid” tem 04 estrelas que é de tirar o chapéu a começar pelo seu diretor, cineasta Sam Peckinpah, diretor de “Meu Ódio Será Tua Herança”, nessa película ele apronta uma versão cinematográfica da vida do fora-da-lei Billy the Kid e seu confronto com o xerife Pat Garrett, estrelados pelos exuberantes cowboy’s Jemes Coburn, Kris Kristofferson e Jason Robards.
P.S.: – Valeu, TAVARES, pela referência!!!
Estimado cinéfilo PINHEIROS.
Você me honrou com um comentário incomum ao meu singelo artigo “Pat Garrett & Billy the Kid”, destacando a a canção tema “Knockin’ on Heaven’s Door”, escrita por nada mais nada menos que o genial Bob Dylan.
Mas para nossa honra mais ainda desejaria ler sua crônica cinematográfica “Há 50 anos morria o Diretor de cinema John Ford” nas páginas ilustradas do Jornal da Besta Fubana (JBF).
Já o li e estou disposto a lê-lo centenas de vezes.
D.Matt., e demais comentárias dessa Gazeta Escrota vamos ficar deslumbrados.
Todos nós estamos ansiosos!!
Para mim, hoje foi um dia festivo.
Que surpresa agradavel termos de volta os comentários
de um técnico no assunto western e o fez com grande sabedoria.
Seu comentário meu caro Altamir , é de muita relevância
pois você é um expert no assunto e me ensinou com os seus
ótimos e bem articulados artigos a explanar tudo aquilo que eu assistia
não tinha como passar adiante um pouco do meu conhecimento.
O cinema épico western ( sim, pois para mim todo western é um épico )
com cenários, estória e personagens elitizados dentro do gênero e
que nos trazem um mundo à parte com grande força, como , por exemplo , quando assistimos a um filme com a força de um DANÇANDO COM LOBOS, e poderia citar como exemplo dezenas ou mais, talvez até centenas de
grandes filmes e não ficaria redundante, tal a força e qualidade
cinematográfica do gênero que faz parte da minha religião. Os herois são os santos e os indios os anjos e o cinema a catedral.
Lí outro dia um artigo na internet que o grande John Ford usou em
um de seus filmes western, filmados no seu cenário favorito
no Desert Valey, verdadeiros indios como figurantes, atuando
como indios e recebendo cachês, isto porque faltaram extras e
os verdadeiros indios estavam à disposição pedindo para atuar
como extras e ganhar alguns dolares, o que não faz mal à`ninguém.
Né não ?
Ao meu amigo Ciço, meus parabéns pelo belíssimo artigo e mais
uma vez nos mostrar que está um verdadeiro conhecedor
de filmes western.
Abraço.
Obrigado, meu estimado amigo D.Matt.,
Seus comentários honram quaisquer crônicas cinematográficas. E olhe que, segundo o mestre, não é sua praia. Imagine se fosse?
Forte abraço.
A interpretação de Knockin’ On Heaven’s Door por
Guns N’ Roses e aprovada pelo criador da canção, mostra que nas locações de “Pat Garrett & Billy the Kid” tinha de estar Bob Dylan por ordem expressa de Sam Peckinpah, o Poeta da Violência.
Depois que terminaram as filmagens o estúdio o demitiu por absoluta incompetência.