FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

Dias atrás, numa reunião de amigos comprometidos com uma prática política pra lá de bem regada a discussões fraternalmente acaloradas, buscava-se analisar os comportamentos de líderes e agremiações partidários diante de algumas configurações sugeridas para as próximas eleições deste ano.

De saída, foram relegados os disse-me-disses dos xexelentos, os posicionamentos dos asneirentos, os que menosprezam os talentos múltiplos locais e os miolos-de-fossa – muito enxerimento e pouca bimba – que anseiam por aparecer nos canais sociais, ainda que apenas postando um embornal de bosteiras (besteiras fétidas).

Os assuntos foram democraticamente expostos, na razão direta da densidade que os temas exigiam, em nada favorecendo descarrilamentos e desmotivações, sim um mínimo que se podia buscar numa consciência crítico-política. Que sempre está a necessitar de consistentes reoxigenações epistemológicas, criativamente cativadoras, para bem diferenciar amizade e aliança, afinidade ideacional e postura sobrevivencial, caminhada histórica e saudosismo ingênuo, alianças e adesismos autofágicos, respeito midiático e nhe-nhe-nhém tou aqui. Nem tampouco Mamãe Falei!, expressão usada por um deputado idiotizado paulista, travestido de polítibosta (político bosta)!!

Opinião unânime dos nove batepapeiros: é chegada a hora de se apostar na ampliação da cidadania brasileira, sem afobações puxasaquísticas nem os apedrejamentos dos que em tudo vêm desvios, tripúdios e cavilações, tudo virando satanização no vocabulário corrente.

Segundo opinião também geral, uma grande parte dos políticos brasileiros parece apreender os nossos principais problemas, mas não sabe como reagir. E terminam eles por optar pelas partidas-paradas, aquelas iniciativas que permanecem, concluídas as etapas finais, no mesmo ponto de antes de se começar.

Os resultados eleitorais dos últimos pleitos exigem a elevação da qualificação concorrencial de todos, favorecendo parcerias múltiplas e multifacetárias, tudo devidamente administrado por habilidades mentais que rejeitem ingenuidades, preconceitos, sectarismos e incapacidades de enxergar amanhãs mais socialmente responsáveis, beneficiando os excluídos de um mínimo de vida decente.

Os desafios não são intransponíveis, desde que abandonadas os mesmismos e as arapucas de sempre. No quatriênio político que se iniciará em janeiro 2023, equilíbrio emocional será a chave-mestra para se combater o detalhismo-futrica, posto que somente se chegará às soluções atentando-se para o fundamental.

Incrementar papos com não oportunistas, ainda que de opiniões diferenciadas, eis ainda um grande mote revivificador. Admirar os de pensamentos nunca nostálgicos, criadores de sadias atmosferas, abjurar ser dono da verdade e cultivar salutares ultrapassagens para superação de situações conflituosas faz um bem porreta para a saúde democrática do país.

O instante está a exigir novas iniciativas empreendedoras, onde o binômio competência política x criatividade solidária deve estar substancialmente vinculado a um comprometimento com o social edificado a partir de um planejamento governamental convincente de longo prazo. Ações capazes de fomentar um novo surto de desenvolvimento, mais social que apenas econômico, pois a solução dos cruciantes problemas brasileiros não surgirá do acaso, nem advirá de caminhos trilhados por pessimismos viróticos, tampouco triunfalismos liberais ingênuos.

À sociedade brasileira pensante como um todo caberá a intensificação racional do diálogo, da reflexão multiplicadora, das convergências compartilhadas, da compreensão maior dos derredores locais/regionais e da exaltação à paciência diante dos obstáculos aparentemente insolúveis. Num continuado estímulo para o reconhecimento dos erros e dos acertos, reanimando os omissos, superando despreparos, envolvendo todos num salutar processo de participação comunitária integrada.

A nação espera que os politicamente lúcidos exerçam serenamente os seus papéis conscientizadores, fazendo história sem sectarismos nem cavilosidades. Tampouco travestidos de diana de pastoril ou moleque de recado.

Um comentário em “PAPOS ELETRÔNICOS

  1. A esta altura, qualquer hesitação sobre votar em Bolsonaro, com todo e qualquer defeito que lhe possa ser imputado, (e os há, com certeza, pois ninguém é perfeito) representará tão somente a atração do retorno da quadrilha demoníaca.

    Bolsonaro é nossa última chance de não cairmos na mesma vala fétida em que caiu o resto da América LATRINA.

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