Alguém já disse que os ócios são a maior e mais bela conquista do homem. E eu concordo. A doce arte do nada fazer me proporciona prazer. Meu ofício hoje é escrever, quando sobra tempo, quando o ócio permite. Hoje sei o quanto é prazeroso ter muito o que fazer e fazer nada. Pergunto-me: qual o prazer do não apenas ter nada o que fazer? Nenhum. Bom mesmo é ter muito o que fazer e praticar o nada fazer. Ou sempre deixar para depois de amanhã o que deveria ter sido feito antes de ontem. Uma forma consciente de relaxar e apreciar a vida, assim entendo. Por muito tempo fizemos hoje o que poderíamos ter deixado para amanhã. Hoje, por responsabilidade (ou irresponsabilidade) assumida, além da babação aos netos, ocupo-me tão-somente de escrever semanalmente minhas baboseiras e besteiragens nas páginas virtuais das redes sociais (FACEBOOK), no Jornal da Besta Fubana, no O PODER e em um blog de funcionários aposentados do Banco Central. Eventualmente lanço um livro, infantil ou não. Alimento a vã e remota esperança de que leiam. Nem sempre o fazem, bem sei, mas il dolce far niente basta-me. Hoje, economizo no tamanho do meu texto, pois sei que quanto maior seja, maior será a preguiça de alguém lê-lo. Fico grato a todos que me acolhem e dão receptividade às minhas modestas letras. São os ócios prazerosos do meu ofício atual.
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Gênio não precisa de ócio. Precisa só de ser genial. Como o mestre Xico Bizerra.