DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

Minha mãe é poetisa,
E sempre gostou de ler,
Mas ficou com a vista curta,
Começou seu padecer.
Com receio de cegar,
Resolveu se consultar,
Para a vista não perder.

O doutor disse ligeiro
Sem rodeio sem bravata:
– Aqui pelo que estou vendo
O seu caso é catarata!
Uma simples cirurgia,
Vai fazer sua alegria,
Vamos já marcar a data.

Mamãe ficou animada,
Cheia de satisfação,
Falava pra todo mundo,
Dessa sua operação.
Outra coisa não falava,
Todo dia ela rezava,
Pra dar certo a intervenção.

Não demorou muito tempo
Ela foi paro o hospital,
E por causa da idade
Mamãe precisou de aval,
Mas depois de operada,
A vista foi renovada,
E ficou especial!

Hoje quando alguém pergunta,
Se vê mesmo, ou se é fofoca,
Ela diz que enxerga até
“Priquito” de muriçoca,
E nem pense em contestar!
Pois língua pra argumentar,
Ela tem bem grande e choca.

4 pensou em “Ô VÉIA PRA ENXERGAR!

  1. Dalinha Catunda ouvi ontem no Programa da Difusora, esta poesia que estou lendo agora e questiono o segiunte, estou na fila para fazer esta mesma cirurgia, será que ficarei com uma visão previlegiada tambem? Um abraço.

  2. Parabéns pelo lindos versos, referentes à sua querida Mãe, poetisa Dalinha.

    A verve poétíca e o senso de humor que ela tem, você herdou!
    Adorei a resposta dela, sobre o sucesso da cirurgia de catarata…. rsrs
    A foto das duas está linda!!! Beijos.

    • Olá, Violante, Mamãe é ótima, tem um humor picante sem igual. Dei muitas risadas ao longo da vida convivendo com ela. Nunca foi mulher de lamentos. Obrigada pelo carinho e pelo comentário.

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