Minha mãe é poetisa,
E sempre gostou de ler,
Mas ficou com a vista curta,
Começou seu padecer.
Com receio de cegar,
Resolveu se consultar,
Para a vista não perder.
O doutor disse ligeiro
Sem rodeio sem bravata:
– Aqui pelo que estou vendo
O seu caso é catarata!
Uma simples cirurgia,
Vai fazer sua alegria,
Vamos já marcar a data.
Mamãe ficou animada,
Cheia de satisfação,
Falava pra todo mundo,
Dessa sua operação.
Outra coisa não falava,
Todo dia ela rezava,
Pra dar certo a intervenção.
Não demorou muito tempo
Ela foi paro o hospital,
E por causa da idade
Mamãe precisou de aval,
Mas depois de operada,
A vista foi renovada,
E ficou especial!
Hoje quando alguém pergunta,
Se vê mesmo, ou se é fofoca,
Ela diz que enxerga até
“Priquito” de muriçoca,
E nem pense em contestar!
Pois língua pra argumentar,
Ela tem bem grande e choca.
Dalinha Catunda ouvi ontem no Programa da Difusora, esta poesia que estou lendo agora e questiono o segiunte, estou na fila para fazer esta mesma cirurgia, será que ficarei com uma visão previlegiada tambem? Um abraço.
José Claudino, se você tiver a sorte e a fé de mamãe, é capaz de sair “zerado” da cirurgia. Meu abraço e boa sorte.
Parabéns pelo lindos versos, referentes à sua querida Mãe, poetisa Dalinha.
A verve poétíca e o senso de humor que ela tem, você herdou!
Adorei a resposta dela, sobre o sucesso da cirurgia de catarata…. rsrs
A foto das duas está linda!!! Beijos.
Olá, Violante, Mamãe é ótima, tem um humor picante sem igual. Dei muitas risadas ao longo da vida convivendo com ela. Nunca foi mulher de lamentos. Obrigada pelo carinho e pelo comentário.