Uma caboca faceira
Esqueletou meu juizo
Pousou sem nenhum aviso
No corpo nu da paixão.
Uma fofinha malvada
Uma fofura morena
Uma almofada de pena
De sobre-cu de pavão.
Meu tangedor de viver
Ganhou um trote seguro
Escutando com apuro
A fala dessa mulher
Nem escura nem acesa
Água quebrada a frieza
Na fonte do bem-me-quer.
Contorniei as fronteiras
Do corpo da caboquinha
Que nem a fada madrinha
Com varinha de condão
Que mesmo dizendo NÃO
Só parecia que sim
Pois NÃO de amor é assim
Se engana com o coração.
Porque o NÃO do amor
Tem sentido diferente
Um NÃO bem forte diz: NÃO!
Depois um NÃO displicente
Traz dez NÃOZINHOS manhosos
Pra bem juntinho da gente.
Esta me parece a canção perfeita do “gado demais” que o Rasta descreve no Rasta News do Brasil Paralelo.