“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” (Guimarães Rosa)
O mundo é pequeno, mas a maioria dos homens se julga tão grande, que não se pode andar em direção alguma, sem se correr o risco de pisar nos calos de alguém. Se, porém, ficarmos parados, os que tem pressa passarão por cima de nós e pisarão nossos pés.
Não agradamos a ninguém pela nossa brandura, e jamais agradaremos pelo nosso modo ríspido de dizer a verdade. Temos que dizer sim aos mandões, sob pena de ficarmos antipatizados.
Seja qual for a forma de procedermos, teremos sempre inimigos gratuitos. E não são poucos.
A simplicidade dos bons é vista como idiotice por parte dos esnobes, prepotentes e ambiciosos.
O culto ao dinheiro por parte dos invejosos, faz com que eles sofram, com inveja daqueles que são controlados e não gastam mais do que podem.
As “parcelinhas” do cartão de crédito tiram o sono dos irresponsáveis, viciados em dever.
O pior é que muitos acham que quem economizou e fez um pé de meia, deve abrir mão do que tem, para dar cobertura à irresponsabilidade deles, que sempre gastam mais do que podem, optando pelas coisas supérfluas e deixando as necessárias para depois. Estes planejam sempre tirar vantagem do dinheiro alheio, e no vocabulário deles não existe a palavra “escrúpulo”.
A inveja, o olho grande e a ganância fazem do mundo uma competição. Ninguém perdoa o sucesso de ninguém e as boas qualidades de uma pessoa são ignoradas. Enquanto isso, os defeitos são procurados com lente de aumento, ou lupa.
Há pessoas vaidosas e orgulhosas, que parecem certos pasteis de feira. Tem uma casca crocante e estufada, de chamar a atenção. Mas, por dentro, quase não tem recheio. Um verdadeiro engodo.
Isso me faz lembrar um ditado do tempo da minha avó paterna, D. Júlia: “Por cima, muita farofa, e por baixo molambo só”.
E assim caminha a humanidade.
Obrigada, querido Cícero, pela delicadeza de suas palavras.
A vida não é de brincadeira. É uma verdadeira competição.
Ninguém tem culpa do insucesso de uns. E há aqueles que não gostam de ver ninguém bem.
Mas, como dizia Gonzaguinha:, “É a vida. É bonita e é bonita.”..
Somos eternos aprendizes.
Grande abraço, e votos de muita saúde e rápida recuperação para o seu irmão.
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Violante,
Belíssima crônica tocando em situações delicadas. Quem se preocupa em agradar a todos o tempo todo, acaba desagradando a si mesmo. O fato de agradar aos outros também pode ser uma forma de se sentir aceito em um grupo, algo que a pessoa acredita que não conseguiria se agisse conforme a sua personalidade. Há ainda aqueles que agradam esperando sempre algo em troca e, quando não ocorre, se frustram e ficam ressentidos.
O seu excelente texto me fez recordar uma septilha da poeta Mariana Teles, então, compartilho com a prezada amiga:
O levantar da cabeça
É sempre a melhor saída
Passar por cima dos baques,
Molhar com pranto a ferida,
Sem cansar, nem pedir pausa,
Na queda se enxerga a causa
Dos recomeços da vida.
Desejo um final de semana pleno de paz, saúde e alegria
Aristeu
Obrigada, prezado poeta Aristeu, pelo gratificante comentário.
Você disse uma grande verdade:
“Quem se preocupa em agradar a todos o tempo todo, acaba desagradando a si mesmo.”
Ajudar em uma necessidade é normal . Mas, se deixar usar, assumindo os problemas dos outros, é, na linguagem vulgar, “fazer papel de besta.” rsrs.
Ajudar, “pensando em ser aceito no grupo”, e em receber algo em troca, é trabalho perdido…rsrs ,
Obrigada por compartilhar comigo esta bela septilha, da poeta Mariana Teles, que diz::
“O levantar da cabeça
É sempre a melhor saída
Passar por cima dos baques,
Molhar com pranto a ferida,
Sem cansar, nem pedir pausa,
Na queda se enxerga a causa
Dos recomeços da vida”
Gostei imensamente!.
Desejo a você também um final de semana pleno de paz, saúde e alegria!
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Divina:
Belas e verdadeiras palavras. Penso que um resumo de tudo se encontra em palavras cristãs: faça o bem, não importa a quem.
Você nunca vai passar lisa por tudo isso no mundo.
Beijão com votos de feliz final de semana.
Magnovaldo
Obrigada pela gentileza do comentário, prezado Magnovaldo!
Fazer o bem sem olhar a quem, é não escolher o próximo. É ajudar a quem precisa, sem esperar retribuição. É o sentido cristão da caridade.
Beijão para você também,e um feliz final de semana!
O prodigalizador age tal como aquela “filosofia” ideológica: Todos são responsáveis pelo meu fracasso. Daí anseiam da ajuda estatal. Quer que o esfacelado contribuinte o sustente… que custeie a sua incompetência em produzir. São verdadeiros pasteis de vento.
Obrigada pelo excelente comentário, prezado Marcos Cavalcanti!
Realmente, o prodigalizador culpa a todos pelo seu fracasso. Mas não deixa a prepotência, nem reconhece benefício.
Grande abraço., .. … .