Alexandre Garcia
O depoimento do general e ex-ministro Eduardo Pazuello continua nesta quinta-feira (20). No dia anterior, ele foi muito positivo, esclareceu tudo e resistiu às perguntas repetidas sobre o mesmo assunto na CPI da Covid.
Pazuello foi firme, não se dobrou e nem se intimidou, inclusive depois dos gritos de uma senadora. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), até a alertou que ela estava sendo agressiva, mas ela negou e disse que só estava sendo enfática.
Outro senador também tentou colocar uma casca de banana na discussão acerca do contrato com a Pfizer. O parlamentar disse ter um parecer jurídico que afirmava ser viável firmar um contrato.
Ao que Pazuello respondeu que o senador não havia lido todo o documento, porque havia a condicionante de uma legislação para o poder Executivo assumir todas as exigências da farmacêutica.
O senador não queria que ele lesse por inteiro o documento no meio do depoimento. Foi uma típica tentativa de tolher a defesa do depoente. Até o relator Renan Calheiros (MDB-AL) disse que não queria muita explicação. Mas ele fez a pergunta e não quer uma resposta explicativa?
O presidente da CPI chegou a dizer: “para mim, é irrelevante essa quantidade de explicação”. Mas o general só estava tentando explicar que, quando da urgência de repor os estoques de oxigênio do Amazonas, o produto foi comprado num dia e no dia seguinte os cilindros foram encaminhados ao estado em um avião da FAB.
Perguntaram também se Bolsonaro não queria que Pazuello comprasse a vacina Coronavac. O ex-ministro respondeu que, na verdade, o presidente não iria comprar nenhuma vacina sem autorização da Anvisa. Mas é claro, senão ele poderia ser acusado de crime de responsabilidade se fizesse isso. O imunizante da Pfizer só foi autorizado no dia 11 de dezembro nos Estados Unidos e no Brasil só em fevereiro – em março foi firmado o contrato.
Todas essas informações foram amplamente esclarecidas. Aliás, eu recomendo que as pessoas assistam ao vivo a CPI para não ter informação em segunda mão.
Ao assistir ao vivo é possível ver, por exemplo, que o ministro Ernesto Araújo foi transparente na terça-feira (18) e descobrir tudo que Pazuello fez enquanto chefiava o ministério. É muito bom que nós, eleitores e contribuintes, fiquemos sabendo de forma transparente o trabalho de um ministro de Estado.
Além disso, ainda é possível descobrir como é a postura dos senadores, já que lá eles se revelam. Os senadores estão se revelando mais que os depoentes nesta CPI. É tudo muito informativo.
Garcia, insistente.
Atenciosamente
Caro Hipólito, Garcia insistente?
Acaso Garcia falou alguma inverdade?
Gostaria que v. colocasse argumentos e não adjetivos. É mais honesto, é mais coerente com suas falas em outros comentários
Abraços