COMENTÁRIO DO LEITOR

Comentário sobre a postagem O GOLPE DE ESTUDO

Roque Nunes:

Motta:

O final de seu texto foi bastante esclarecedor, porém, mais do que um desconhecido dentro de casa, o grande perigo é você descobrir que tem um inimigo dentro de sua casa.

Comecei minha carreira de professor em 1991, e desde essa época venho brigando por isso, ensino de qualidade.

Nunca fui ouvido, nunca levaram em consideração esses pontos.

O currículo escolar brasileiro é uma piada.

Lá te ensinam a fazer sabão, a dançar funk.

Há uma disciplina chamada Itinerário Formativo, no Ensino Médio que não possui matriz de referência, percurso formativo, currículo teórico, além de outras bobagens como Unidade Curricular – sei lá o que é isso -, Laboratório, em escolas que mal tem depósito de livros, quanto mais uma biblioteca, afora outros entulhos curriculares que nada significa.

Quando fiz o Ensino Médio entre 1988 e 1990, tínhamos seis aulas de Língua Portuguesa, seis de Matemática, três de Química, Física, Biologia, duas de História, Geografia, uma de Geometria, duas de Língua Inglesa.

Hoje, aqui no Glorioso Mato Grosso do Sul, o Ensino Médio tem vinte e três componentes curriculares para uma grade de vinte e cinco horas aulas, com previsão de subir para vinte e cinco componentes, acrescentando-se um sexto tempo, e adivinha quais os componentes curriculares que perderam horas….. exatamente, Português, Matemática, Química, Física e Biologia….

Daí se explica o fato de estarmos nas últimas posições no Pisa, e, mesmo as pessoas vendo onde está o incêndio, ficam com cara de paisagem, criando mais inutilidades para servir de plataforma militante para a esquerda vender seu pesadelo, em uma plateia cativa.

2 pensou em “O CURRÍCULO ESCOLAR É UMA PIADA

  1. É isso, Grande Roque. Fui professor estadual de ensino fundamental e de ensino médio. Ensinava Matemática e Física. Eu tinha 5 aulas por semana e fazia o possível, hoje o pessoal tem horário integral e ficam assistindo vídeos sobre “projeto de vida”. Enquanto isso, o país afunda com uma educação que mais parece uma âncora lançada ao mar. Se eu tivesse tempo de ensinar, os alunos iriam resolver todos os problemas do Enem, como prova. Eu ensinei microeconomia e minha prova era questões da anpec – associação nacional de pós-graduação em economia. Tinha um professor que me chamava de doido porque o livro que eu adotei tinha sido usado no mestrado. Eu entendo que temos que fazer esforço para puxar para cima e não pra baixo, como vejo agora.

  2. Pingback: PALAVRA DO PROFESSOR | JORNAL DA BESTA FUBANA

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