Era tempo de novenas, festa da padroeira, quermesse e animação.
Após as novenas as famílias se reuniam na pracinha da igreja.
Enquanto as mulheres compravam gulodices para entreter as crianças, os homens se reuniam nas barracas de bebidas.
E foi entre uma bebida e um papo e outro, que se deu o bate-boca entre dois primos.
Ambos já tinham sido contemplados com um par de chifres por suas digníssimas esposas.
José, sabia que era corno, mas já tinha se acomodado a situação, porém Gonzaga, era o mais novo corno da cidade, estava na boca do povo e pelo jeito seria o último a saber.
Quando a discussão esquentou, Gonzaga, pôs a mão no ombro do primo e falou:
– Zé, tu é corno, macho véi!
Zé naquela calma de corno convencido imitando o gesto do colega retrucou:
– E meu primo nem é!
Isso foi o suficiente para a turma inteira cair na gargalhada.
Esta colunista escrevendo Microconto, pegando carona na ideia da escritora Leila Jalul
Como diria Loro do Pajéu : O dono da casa é corno !! Quem canta é corno tambem !!! E se gritar pega os cornos, aqui não fica ninguém !!!
Dalinha, estamos lhe esperando pra contar esses “causos” no Cabaré do Berto..
Bom demais este causo, poetisa Dalinha Catunda! Você é fantástica nos versos e também na prosa!!! Esses dois primos juntos, todos dois cornos, devem ter provocado muita mangação por aí afora…. Garanto que eram apaixonados pelas digníssimas esposas. Não conheço um corno que não seja apaixonado…kkkkkkk. Bjs.