Lula e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro
Eu vejo nesses debates das eleições municipais que muitos deputados e senadores são candidatos a prefeito. Será certo isso? É legal, mas será legítimo na relação entre o eleitor e seu representante? Será ético por parte do mandatário em relação ao seu mandante? Ou seja, se você elegeu um deputado federal ou estadual para representá-lo no Legislativo, será justo que ele o abandone e não seja mais seu representante porque quer ser prefeito de um município, que talvez nem seja o seu?
Será justo que o senador que você elegeu para representar o seu estado por oito anos lá pelas tantas resolva abandonar você e os milhares que o elegeram para ser prefeito de algum lugar, de uma capital, por exemplo? Será justo? Será ético? Será que a moral dele e o caráter dele permitem isso? Que ele o traia? Você foi consultado por ele, já que você é o mandante? Não foi. Foi você que deu o mandato para ele. Ele o consultou ou ele o está traindo? Motivo pelo qual não merece nunca mais o seu voto.
Só para a gente pensar a respeito. A respeito de democracia e sobretudo a representatividade popular, o valor do eleitor. Você, eleitor, é mais importante do que o seu deputado e o seu senador. Porque você que o elegeu. E você o sustenta com seus impostos. É assim que a democracia funciona.
* * *
Fernández e a grave acusação de agressão à esposa
Falando em político, vocês viram que o ex-presidente da Argentina don Alberto Fernández foi acusado de bater na mulher. Inclusive enquanto era presidente. Diz ela que apanhou muito dele. Tanto que ela foi à polícia, à justiça. E Alberto Fernández está proibido de chegar perto dela e proibido de sair do país. Ele ia para Espanha onde ela está, com o filho do casal, mas foi impedido. Ele é do partido peronista. Do partido Justicialista. Lembram dele, né?
* * *
Brasil não solta a mão do ditador Maduro
Eu estava vendo o Acordo de Barbados, que foi feito sobre a égide da Noruega, assinado pela oposição, assinado pelo governo, assinado por Nicolás Maduro, assinado por representantes de outros países do continente como testemunhas. Estava lá o embaixador Celso Amorim representando o Brasil, em Barbados, em 17 de outubro do ano passado, garantindo eleições livres, garantindo que a oposição poderia escolher o candidato que quisesse.
No entanto, já tornaram inelegíveis duas “corinas”, a Maria Corina Machado e a Corina Yanis. A Venezuela só permitiu quem o Maduro queria que fosse candidato. Não houve acesso da oposição. Foi uma falcatrua imensa. Quando [os chavistas] viram que estavam perdendo, quando chegou a 80%, pararam tudo. Porque ia ficar evidente demais. Aí criou-se um mistério. Segundo a oposição, eles já estavam com 66% dos votos. Aí fechou tudo. Isso foi em 28 de julho, né? Já completamos semanas e nada das atas. Então está na cara. E o Brasil finge que nem estava lá em Barbados acompanhando isso, finge que não acompanhou as garantias que o governo venezuelano deu. Fica tentando uma permanência de Maduro.
O Wall Street Journal diz que os Estados Unidos ofereceram uma anistia para ele ir embora do governo, dizendo que ele não seria preso. É que tem ordem de prisão para ele.
Pois é, fizeram um acordo, o Brasil participou, mas esqueceu. E agora um dos presos [Leopoldo López], que ficou seis anos detido na ditadura venezuelana, está exilado na Espanha e deu uma entrevista para O Globo dizendo: “Esperamos que Brasil e Lula respeitem sua própria declaração de que a vontade popular seja respeitada”. Cobrando do Brasil, né? Que vergonha. Aqueles 30 ex-presidentes latino-americanos mandaram uma carta para Lula, cobrando dele, porque ele é influente para Maduro. Ele que está mantendo Maduro. Todo mundo sabe disso. O mundo sabe disso. Ele já tentou empurrar Maduro goela abaixo de outros presidentes. Até o esquerdista Gabriel Boric, presidente do Chile, reagiu. Ele achou um absurdo. Não aceita a ditadura venezuelana. Nós aceitamos. Quanta vergonha a gente ainda vai ter que passar?
Na minha opinião, Deputados e Senadores, para serem candidatos a prefeito ou governador (caso dos senadores com mandato), deveriam renunciar aos seus cargos, aí sim eu queria ver se teriam coragem.
Eu, por exemplo, mão voto em candidato que quer deixar o mandato pela metade, seja em que cargo for.
Concordo plenamente, quwr ser candidato? Renuncie, aí os eleitores vão fazer o julgamento das urnas.
Só tomarem coragem
Quanto ao último parágrafo, o problema do Lule não é de lealdade ao podre Maduro e sim de cumplicidade, ambos estão umbilicalmente ligados a todas as falcatruas de ontem e de hoje, o bigodudo Maduro já mandou um recado: “si hablas te lo diré todos nuestros pequeños secretos e caeremos ambos”. Lule também confidenciou que o Maduro tem “mão grande” e aperta muito, portanto, não da para largar.
Será que não solta somente a mão?