XICO COM X, BIZERRA COM I

No meu sonho, Nuca e Cláudio dividem uma única dose do mesmo rum, em um só copo. Enquanto um toca o outro sorve um gole da cubana bebida e vice-versa. Isso não é e nunca será problema. Ao contrário, dois gênios da música, como eles, podem e devem repartir o único rum do meu sonho pirangueiro e, enquanto um bebe um gole, o outro puxa um acorde bonito. Depois, invertem os papéis. Ouve-se a trilha do bem viver, da paz sonora. E assim, se pressente a poesia, que se faz presente, presenteando os presentes, sem palavras, apenas com sons. Os anjos do bar em que eles estão decretam descanso e leveza, suspendem o voar e passam a admirar a beleza da música. De quando em vez trazem Coca-Cola e misturam-na com o que sobrou do rum no copo único dos dois. Felizes, sequer sabem o que é WatsZap. Nem precisam. Bastam-lhe uma dose de rum, um violão e uma canção bonita. Para que mais? Enquanto isso, falsos sertanejos enganam o povo nos palcos de São João. Alienada, a população alegre sorri tanto quanto os gestores municipais, bolsos cheios com a destinação que deram ao dinheiro daquela gente. Ainda bem que os Deuses me fizeram parceiro dos dois, de Nuca, o Sarmento e de Cláudio, o Almeida.

Um comentário em “NUCA E CLÁUDIO

  1. Invejas de Xico. Que conheço apenas Cláudio, gênio do violão. E não o Nuca. Defeito imperdoável. Por isso, amigo, viva Xico. Viva Cláudio. É claro=aro também viva Nuca. Para todo o sempre. Amém.

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