XICO COM X, BIZERRA COM I

Tudo era do Diabo,
até maxixe e quiabo
ao Diabo pertencia
Dona Xuxa, quem diria?
era coisa do Diabo.

O Lennon que eu curtia,
a Coca que eu bebia,
aquilo que mais prestava,
tudo que eu tanto amava
tinha dono e eu não sabia.

O papa e o pai de santo
eram coisa do Diabo.
Televisão e novela
também eram do Diabo.
A praia e o futebol,
propriedade do Diabo.
Me enganaram o tempo inteiro
dizendo que o meu canteiro
era o pomar do Diabo.

Até que o galo cantou,
uma água nova brotou
e a gente, enfim, foi feliz
Com flores e sem fuzis.
Num dia branco surgiu
o presente com futuro,
desinventou-se o escuro
e o Diabo ficou brabo
quando o povo descobriu
não mais olhando pro chão,
sem anos de escuridão,
quem, na verdade, era o Diabo.

9 pensou em “NA RUA DA MINHA CASA TAMBÉM MORA O DIABO

  1. Xico, estimado poeta Xico do coração da gente!

    Bom dia!

    No dia em que o povo deixa de baixar a cabeça e não olha só para o chão, a escravidão da consciência vira emenda constitucional universal!

    Abraçaço!

  2. Bom se o povo entendesse isso, meu caro Ciço. Mas às vezes, ao povo alienado, convém deixar a cabeça baixa e não enxergar nada além do chão. Infelizmente. Receba meu fraternal abraço.

  3. Que sacrilégio, Padre José Paulo. Continuando assim você talvez perca a batina e tenha as ordens suspensas. Papa Berto pra ser santo só falta se apresentar ao Pedro Santo, lá em riba. Mas vai demorar. Seu arrependimento público pela pergunta herege poderá render-lhe a boina roxa cardinalícia. Abraço imortal, XICO

  4. Meu Papa, Santo e Inatingível,
    sugiro 2 meses sem charuto e quatro super doses diárias de vinho da melhor estirpe. Com essa penitência o Padre José Paulo nunca mais cairá na tentação de difamá-lo ou de fazer mal juízo do seu proceder. Saravá ecumênico.

  5. Não valem as propostas, por virem de dois semi-deuses de quem sou um pobre devoto. Viva Xico e viva o Papa, os dois para sempre.

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