Foto da casa do casal Zé Vicente da Paraíba e Enedina Maurício, meus saudosos pais, em Altinho-PE
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Mote deste colunista
Onde mamãe residia,
Cada canto agora chora!
Depois que ela foi–se embora,
Levou junto a poesia
Que com ela convivia.
Cada flor, enfim, chorou,
No jardim que cultivou.
Tudo agora é quase nada,
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Melchior SEZEFREDO Machado
Deixei até de ir lá
Na casa que mãe morava
Pois ela não mais estava
Resolvi ficar por cá
Talvez eu ainda vá
Pois a saudade ficou
Porém a dor não passou
Da falta da minha amada
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Poeta Nascimento
Uma foto na parede,
Na sala sua cadeira
E aquela espreguiçadeira
Quase encostada na rede.
A planta morreu de sede,
Vazio o altar ficou,
Partiu e não mais voltou
Deixando dor afiada.
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Novo Abrantes
Alegria foi embora,
Seu carinho foi também,
Seu abraço já não tem
Só lembrança resta agora.
A minha alma ainda chora,
Coração quase parou,
Aqui tudo se acabou,
Chegou o fim da estrada.
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Cabal Abrantes
Mãe partiu pra imensidão
E virou mais uma estrela!
Pai agora pode vê-la,
Tão na mesma dimensão.
Nos restou a solidão,
Tudo o mais se acabou…
Da inquilina que ficou
Ninguém pode cobrar nada,
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou!
Melchior SEZEFREDO Machado
Entrei e não ouvi mais
Sua voz me abençoar,
Parei e pus-me a rezar:
-Jesus Cristo, dê-lhe a paz!
Revi num dos castiçais
Um terço que ela ganhou
E devotamente deixou
Perto da Imaculada.
A saudade fez morada
Na casa em que mãe morou.
Wellington Vicente
Agradeço aos poetas-amigos do Movimento Poético “Quiosque da Poesia”, de João Pessoa-PB, pela disponibilidade e solidariedade em enviar glosas para este Mote.
Show de bola. Só tem fera
Obrigado, amigo!
Grande abraço!