A constituição de 1988 previu a realização de um plebiscito em 1993 para que fosse definido a forma e o sistema de governo, ou seja, monarquia ou república e presidencialismo ou parlamentarismo. Votei no sistema republicano porque acho que um sistema monárquico não tem cabimento no Brasil, não porque eu tenha nada contra a família real, mas porque me parece a manutenção de gastos adicionais com mordomias desnecessárias para um país que vende almoço para comprar janta. Em relação ao sistema de governo, optei pelo parlamentarismo, pedi votos na escola que ensinava para que meus alunos e seus pais votassem nesse sistema. Expliquei os motivos pelos quais ele supera o presidencialismo.
“Havia uma pedra no meio do caminho” e essa pedra jamais quis, eventualmente, ser p primeiro ministro. A pedra queria mesmo é ser presidente e incentivou seu partido a catar votos pelo presidencialismo. Lógico que a escolha da população sofreu outras influências, mas a meu ver, o Brasil perdeu uma oportunidade de modernizar seu sistema político e de acabar com uma série de privilégios inerentes ao sistema presidencialismo. A Europa tem diversos exemplos de parlamentarismo e acredito que fica mais simples a implantação e adoção de políticas, em todas as áreas.
O que me incomoda, e muito na atualidade, é que os partidos políticos no Brasil identificados como de esquerda, passam a ideia de o governo deve ser exercido, exclusivamente, por alguém de suas hostes. Desde a chamada redemocratização que a esquerda se alterna no poder. Centra-se a disputa no PT e PSDB, como grandes protagonistas da política e outros partidos de mesmo pensamento ideológicos, como PCB, PCdoB, PDT, REDE, são meros coadjuvantes. No meu entendimento, a esquerda virou monarquia, tendo em vista que os sucessores do presidente devem ser, obrigatoriamente, alguém de esquerda para que a paz, a harmonia e governabilidade do país se mantenha em equilíbrio.
No mundo inteiro, qualquer ideia fora do escopo esquerdista é tratada como “fascismo” e eu vejo um sem-número de pessoas dizendo “derrotamos o fascismo”, “não podemos deixar o fascismo voltar” e eu fico pensando o quanto essas pessoas não tem a menor noção do que seja fascismo. Sugiro uma breve lida no livro Dicionário de Ciência Política de Norberto Bobbio, página 600, para que você entenda que o Brasil jamais terá condições de reunir num único partido pensamentos ideológicos tão díspares.
O fato é que a esquerda brasileira tem colocado sob estado de miséria uma população de 54 milhões pessoas, equivalente a, aproximadamente, 25% da população total do país, que são residentes nas regiões Norte e Nordeste. Estamos falando de 17 estados da federação. Ao longo do tempo, a esquerda elege quem quer na região nordeste e, também, ao longo do tempo os indicadores sociais da região são péssimos. Maior taxa de desemprego, maior dependência de programas sociais, quantidade de beneficiários dos programas sociais maior do que a quantidade de trabalhadores formais, maior número de analfabetos, baixo poder atrativo de indústrias, e, diferenças regionais absurdas que conduzem a região a um estado de pobreza absoluta. O Brasil tem 5.570 municípios dos quais 1.582 são considerados de extrema pobreza. Pessoas que sobrevivem com menos de 0,5 salário-mínimo por mês.
Eu entendo que democracia é alternância do poder, mas no sentido lato. Não acho que democracia seja a troca de “seis por meia dúzia”. Quando o tal “fascismo” que tinha Paulo Guedes como ministro da economia, as empresas estatais deram lucros, meta fiscal foi cumprida, as contas públicas tiveram melhoras jamais vista anteriormente. Agora, com o governo “democrático” a gente vê violações de direitos políticos, conluio deslavado do sistema judiciário para apoiar a ideia propagada pela mídia de que o “fascismo não pode voltar”.
Os fatos são simples: nenhum filho da puta desses está preocupado com esse país. O que querem é se manter no poder, perseguir e escravizar os mais pobres com ofertas vãs. Enquanto isso, o cetro vai passando de mão em mão, sob o mesmo manto e com a prerrogativa de que, mesmo você sendo ladrão, eu votarei em você para não votar no “fascismo”.
Assuero, eu votei naquele plebiscito. Votei pela volta da Monarquia. Sou monarquista convicto respeitando todas as opiniões contrárias e desde 2010 resolvido em não debater meus conceitos sobre o assunto.
Porém, eu abro aqui uma exceção porque li em sua outra vez impecável coluna “acho que um sistema monárquico não tem cabimento no Brasil, não porque eu tenha nada contra a família real, mas porque me parece a manutenção de gastos adicionais com mordomias desnecessárias.”
Eu não me alongarei comentando sobre os custos da nossa “república presidencialista”. Pedirei apenas que quem chegar a esta linha escrita por mim agora pesquise no Google a coluna do Cláudio Humberto de 22/09/2022. Só o título dá uma ideia. Ele, o título, eu trago aqui: STF custa mais caro que a família real britânica.
E se contarmos o Congresso, a Presidência da República, os ministérios, os Palácios de Governos (que nome esse, hein?), as assembleias legislativas, secretarias estaduais, as prefeituras, as câmaras de vereadores, cada um com a sua carteira de aspones? A coisa descamba.
Eu também li na sua coluna “enquanto isso, o cetro vai passando de mão em mão, sob o mesmo manto.”
Todos não se tornaram reis? Todos! E entre esses todos, quantas famílias reais nós brasileiros sustentamos? Algumas há décadas.
Também sou monarquista e concordo ipisis litteris com o que você falou, Jesus. Embora defendendo a monarquia, no plebiscito votei na opção de termos uma república parlamentarista. Com relação ao texto, Assuero, voismicê disse tudo, quando declara que essa camarilha está preocupada apenas com o próprio umbigo.
Bicho, eu tô com medo!!!! Estamos chegando num ponto de que só haverá pensamento válido se for de esquerda.
Olha, isso não me assusta não. Já estamos vendo isso de forma esgarçada. Eles não escondem mais isso em nenhum lugar do mundo.
Meu nobre. Eu orientei duas dissertações sobre os custos do judiciário, no Brasil e no.mundo. Escrevi um artigo, não publicado, com um aluno sobre o papel do STF e o que vi de aberrações não é brincadeira. Não seria um óbice à monarquia no Brasil, mas vejo pouca representatividade como chefe de estado. Enfim, admiro demais a figura de Pedro II a quem atribuo uma grande capacidade administrativa. Então, a questão do custo que coloquei é mais relacionada com a efetividade do gasto. Confesso que não tenho dados pra saber o quanto Elizabeth II atraiu de investimento para o Reino Unido.
Nobre Assuero, é o modus operandi desses esquerdistas malditos, pensamento só de poder, de país? Nem pensar, por isso o trabalho diário
para que a população não deixem de serem analfabetos políticos, em sua grande maioria.
Xavier, eu respondi a Maurino e enfatizo. O que se propõe é uma ideologia governar SEMPRE. Amigo, eu estou com medo
Caro Maurício, vc tem razão, hoje o amanhã para quem tem respeito e amor ao seu próximo, poderá estar incorrendo em um pecado mortal, a que ponto chegamos, olhou de lado já ofende a quem tá de cima e no poder.
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