Em meu interior, bem distante e íntimo, escondo-me dos maus e das maldades destes. A porteira, sempre aberta, deixa passar apenas os sonhos ainda não vividos e a vida por sonhar. No alpendre, além do balanço da rede e de um bom livro, repousa a conversa com os amigos, proprietários das sãs palavras, afagos e carinhos. Percorro as veredas do meu eu e me reencontro nos largos corredores comigo às seis da tarde, ao som da Ave-Maria na sanfona bonita de Gonzaga. Os segredos e desgostos, joguei-os todos no cacimbão do quintal e sorri feliz quando percebi o espelho das águas se desfazer, por instantes, para depois voltar ao normal, proporcionando-me a delícia da água limpa e pura que só os cacimbões da paz podem produzir. Meu interior tem o mato onde mato a minha sede e encontro a felicidade, rara, e por isso tão desejada. Lá, muito pouco ou quase nada me faz falta e nem preciso de capital ou da Capital para ser feliz. Basta-me o cheiro bom da terra. Quando molhada, quanto melhor. Que o silêncio do Acauã permaneça anunciando a chuva por vir.
XICO COM X, BIZERRA COM I
Esse Xico Bizerra é mesmo genial. Toda gente sabe disso. Cabe, agora, só proclamar. Um texto soberbo, como todos os outros. Parabéns. Para nós. Abraços lisboetas.
Abraço ‘Capibariano’ com cheiro e cor do mar.
Viajei no texto para Altinho-PE. Grande abraço 🤗