CARLOS EDUARDO SANTOS - CRÔNICAS CHEIAS DE GRAÇA

Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

Uma das maiores infelicidades de um escritor é terminar seu trabalho e não vê-lo publicado. No meu caso, como profissional, já senti esta profunda amargura mais de uma vez. E parece que o destino continua tramando.

A solução que encontrei foi encaderná-los com as folhas das Provas Finais – que na linguagem dos gráficos foram apelidadas de “Boneca” – para que sejam guardados em minha pequena biblioteca e quando eu me for, deverão ser doadas à Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.

Dessa maneira, juntando os originais de Provas Finais – mesmo com riscos de emendas e as rasuras dos clientes – consigo considerá-los: livros prontos, como alguns, de fato, estão, na sua originalidade.

O pior de tudo é que alguns já esperam publicação há quase 30 anos, pois, dentre os que não foram finalizados pelos clientes, há alguns que sendo apenas projetos meus, não consegui editá-los.

Os tempos mudaram muito e hoje não dispomos mais do o prestígio de algumas empresas que eram patrocinadoras. As agências de publicidade foram engolindo tudo quanto podia se constituir Apoio Cultural e captar serem captados valores através de leis do Governo Federal.

Há fatos até pitorescos nesses episódios: em 1984, para publicar uma pequena biografia de Capiba (aliás a primeira a circular no Recife), tive a audácia de vender um Fusca para atender às despesas gráficas. No final, comprei outro, novo, e ainda doei vários exemplares às bibliotecas municipais.

Em função de tudo isto, resolvi juntar velhas e muito riscadas páginas, preparando, para a encadernação, capas condignas e as Fichas Catalográficas, para em seguida guardá-los para a minha coleção.

Pareceria muito luxo!…

Mas, sabemos, cada livro incorpora uma história, onde estão, de fato, “Histórias de Pernambuco”, coleção que pretendo concluir, pois venho escrevendo ao longo destes 50 anos de atividade como repórter, escritor e editor; inclusive publicando uma crônica semanal neste magnífico jornal, sob a complacência do nosso Editor, Luiz Berto Filho.

Mas disso falarei oportunamente, em uma crônica.

E para o assunto não ficar esquecido, relaciono, aqui os títulos que não foram ainda publicados, os quais serão provisoriamente encadernados.

Todavia, tão logo disponha de tempo e possa utilizar significativo valor nas referidas edições, publicá-los-ei, a fim de presentear os amigos e as bibliotecas, notadamente as duas maiores do mundo.

A Library of Congress United States, (Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América do Norte) é o maior repositório de conhecimento do mundo, com uma coleção crescente de mais de 150 milhões de itens.

A Instituição é um repositório de livros, materiais impressos, fotografias, mapas, partituras, filmes, gravações sonoras e manuscritos, que só vi semelhante quando visitei, a cidade de Salt Lake City, em Utah, a magnífica biblioteca dos Mórmons, onde também doei vários títulos.

Já a segunda maior, é a Russian State Library – Moscow (Biblioteca Nacional Russa), localizada em São Petersburgo, que tem um acervo de livros com aproximadamente 36,5 milhões de exemplares.

Há sobre isto um fato bastante significativo, que certamente abrilhantará minha biografia profissional, quando for, algum dia, elaborada, constituindo-se alerta às gerações de escritores jovens.

Quando em junho de 1986 publiquei a 1ª das três edições do livro: “O Banco do Brasil na História de Pernambuco”, recebi correspondência do American Consulat, do Rio de Janeiro, expedida com base na Ficha Catalográfica daquele trabalho, solicitando a remessa de publicações de minha autoria, notadamente sobre os Bancos o Sistema Bancário Brasileiro.

O outro fato muito especial ocorreu quando um irmão do meu colega e amigo: Junancy Galvão, foi à Rússia pra visitar um dos seus irmãos e levou de presente o referido livro. Depois da leitura, foram tiradas as cópias e o original foi doado à Biblioteca de Leningrado, que é a representante da Biblioteca Nacional Russa. E assim, meu trabalho correu o mundo, através da catalogação internacional, o ISBN -International Standard Book Number.

Diante dos fatos, a partir de 21.01.1988, venho enviando todos os trabalhos que tenho editado. E para finalizar a história, registro aqui os livros de minha autoria, contratados por clientes, que por alguma razão, ainda não foram editados, embora pretenda fazê-lo oportunamente.

Recife da moeda ao crédito
Uma tomada de poder
Dr. Simões – Um líder de Petrolândia
Dr. Manoel de Freitas Cavalcanti – Histórias da Vida Inteira
Biai, um Vereador de Olinda – (Dr. Severino Barbosa de Souza)
Dr. Romero Carvalho – Um médico e sua História
Dr. José David – O advogado
O maior patrimônio do Banco do Brasil
Um personagem da AABB
Crônicas primaveris e outoniças
Dr. Luiz Ignácio Pessoa de Melo – Um Capitão de Indústrias.

Pelo menos, assim, terei meus livros acabados e inesquecíveis.

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