Numa das minhas caminhadas esporádicas, cumprida na magnífica área de lazer construída pela gestão do prefeito João Campos nos terrenos do antigo Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, encontrei o João Silvino da Conceição picniqueando com a mulher e três netas. Após os olás e abraços, indaguei do Silvino como andavam suas atividades e ele me disse que, nos primeiros meses deste ano tinha se dedicado a leituras bastante proveitosas, distanciadas vacinalmente dos programas merdálicos da televisão, também desistindo de assistir as futebostalizações da seleção brasileira, hoje já liberta das idiotices táticas do treinador Dumerval, que recentemente levou um pontapé demissionário na bunda.
Curioso, perguntei quais teriam sido tais leituras. E o Silvino me mostrou seu caderno de notas, onde estavam algumas observações, abaixo transcritas com a devida permissão dele, apenas corrigidas algumas mínimas distrações de concordância e de ortografia:
“Preocupa-me bastante o atual IMP – índice Médio Pensante da sociedade brasileira, hoje muito anestesiada por um irritante IEH Individualismo Exibicionista Hedonista, quase exclusivamente bundolátrico, nada reflexivo, como se os amanhãs futuros dos quatro cantos do país fossem edificados com mínimas leituras reflexivas e muitas enfiâncias irresponsáveis, sem um mínimo compromisso com as lições emanadas do Alto e disseminadas pelos notáveis da história do mundo.
Nos últimos tempos, temos nos orientado com leituras que favorecem históricas binoculizações analíticas das conjunturas próximas nacionais, principalmente as direcionadas para as eleições de 2026, quando o eleitorado brasileiro, menos manada e mais cidadanizado, buscará renovar as atuais estruturas políticas do país, hoje majoritariamente dominadas por sectários, populista, fundamentalistas, ruminantes e cretinos oportunistas, todos amplamente desvinculados de um alerta profético do célebre economista sueco Gunnar Myrdal: O pior subdesenvolvimento é o mental.
As principais leituras rabiscativas por mim efetivadas foram:
– UMA HISTÓRIA DESCOMPLICADA DA FILOSOFIA, Fernando Savater, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2015, 264 p. O autor, um aplaudido intelectual espanhol, demonstra um modo peculiar de ensinar uma disciplina tida e havida como espinhosa pelos ruminantes bípedes que apenas sentem prazer em relinchar e exibir-se da cintura para baixo e de pernas acopladas. Sem jargões, Savater muito contribui para uma consistente BPCC – Base Preliminar Cognitiva Criativa.
– 50 GRANDES IDEIAS DA HUMANIDADE QUE VOCÊ PRECISA CONHECER, Bem Dupré, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2018, 215 p. Ideias básicas, explicitadas em seis áreas: Filosofia, Religião, Política, Economia, Arte e Ciência. Excelente leitura para grupos familiares que buscam novos comportamentos, fortalecendo crenças e defenestrando mitos que abestalham e mumificam mentes e corações.
– FILOSOFIA AO PÉ DO OUVIDO: FELICIDADE, ÉTICA, AMIZADE E OUTROS TEMAS, Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman, Campinas SP, Editora Papirus 7 Mares, 2024, 220 p. Papos inteligentes que desabestalham gregos e troianos, fortificando enxergâncias racionalizantes, antes apenas utilizadas por profissionais solidamente adentrados em Ciências Humanas.
– A PROVA DA VIDA ALÉM DA VIDA, Raymond Moody e Paul Perry, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2025, 240 p. Respostas definitivas para as questões mais intrigantes da humanidade, favorecendo compreensões definitivas para todos aqueles que desconheciam a existências de provas concretas sobre o assunto.
No mais, é continuar seguindo adiante, sem nostalgias nem remorsos, buscando sempre fazer novas horas, sem jamais querer retroceder.