Sou leitor – há muito tempo – desse jornal, independente, irreverente e, muito informativo, no sentido de colocar posições, longe de puro “lambe botas”.
Perto dos 70 – o tempo passa para qualquer um – me preocupa deixar esse plano (se é que existe outro, pois ninguém voltou para confirmar) sem ver acabar as doidices que presenciei ou vi pelos meios que me foram possíveis, nos anos vividos.
Desculpe a liberdade de enviar um escrito sobre assunto que me causou interesse.
Leitor voraz desde os 8 anos, tenho habito de cometer versos de “pé quebrado” para botar para fora o que vai no íntimo e, creia, é mais simples e barato que análise ou conversa com padre, pastor, rabino etc.
Desculpe a liberdade e, VIDA LONGA PARA O JBF!
Inté!
Abraço!
* * *
DNA (Somos todos fantasmas ?)
DNA. O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um ácido nucleico que apresenta todas as informações genéticas de um indivíduo. O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico que possui papel fundamental na hereditariedade, sendo considerado o portador da mensagem genética.
Somos todos fantasmas
A se acreditar no DNA
Somos todos juntados
De outros corpos, pensamentos
De tempos distantes, agrupados
Em nosso código genético
Como fingir o que éramos
E hoje não somos?
Se um simples teste resolve que éramos
Que estávamos, que pertencíamos
Que nada é contestável, absoluto
O que somos?
Somos fantasmas, carregamos dentro de nós
Todos os nosso antepassados, bons ou ruins
Em uma única gota de sangue ou, saliva etc.
Estão juntos a nós, presos ao presente
Como foram no passado
Então, como conviver com a vida ou morte?
Se amanhã seremos nada, apenas um código sequencial
Para determinar o obvio, o que somos
O que fomos e que seremos em outros
Apenas um pedaço de alguém que nos gerou
Ou geramos, complementos de corpos
Nada afasta a ideia de sermos meros fantasmas
Ou recipiente deles, meros continuístas
De antepassados, completando a obra magnífica
Do Criador;
Tentando melhorar quem foi
Aceitar quem somos!
Como pensou Schopenhauer acerca da morte, nos perpetuamos enquanto espécie.
Nossa eternidade se consagra entre os viventes que carregam uma minúscula parte de nós.
Sementes e semeaduras…