CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

O tempo não se conta em calendários, mas no que vivenciamos, no que passamos, em nossas vidas e, podemos ou não modificar.

Somos crianças, queremos ser adultos; adultos sonhamos quando éramos crianças e, velhos, velhos sempre voltamos a ser crianças.

O ano que finda, como os outros tantos, cronologicamente é importante para contarmos o quanto vivemos, fases e que tais, mas tempo, tempo mesmo é nossa vida, o que conseguimos, deixamos de conseguir, com a certeza que não haverá segunda chance para erros ou acertos.

Lembraremos com saudades de alguns, procuraremos esquecer outros, mas momentos vivenciados não fogem da memória, mesmo que nos envergonhem ou tenhamos orgulho.

A mente, algo impossível de se entender – mesmo que estudos e especialistas se proponham a tentar – nos torna único; memória, sentimentos e desejos são condições para o ser humano, único a ter inteligência e linguagem articulada.

A cada findar de um calendário, pessoas acreditam que tudo será diferente; pandemias acabarão, problemas serão resolvidos, enfim, crença que ferem sua condição humana, pois nada muda, apenas se conta em outro calendário.

Talvez apenas possamos entender tais sentimentos como fuga, esperança ou talvez um momento que trará alguém para a realidade.

Em finais de ano alguns soltam fogos, fazem planos, fingem que eles acontecerão e esperam um próximo novo ano, para de novo sonhar e esperar o que depende apenas de suas atitudes.

Bom mesmo é quando as pessoas mudam, ou ruim quando se acomodam e fingem não ser o que foram.

Lembrei disso ao procurar – depois que Gilberto Gil disse que bom mesmo é rock ín roll em recente entrevista – e, o Wikipédia me trouxe outro momento, na tal “Marcha contra guitarra elétrica”.

Ele se acomodou ao momento ou se aproveitou dele?

São as tais conveniências de cada um; a maldade delas é que é ruim…

Conveniências a parte, sempre é bom mudar, pois temos livre arbítrio, maior requisito do ser humano que habita o planeta.

Enfim, começam novas esperanças!

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