O rato que ruge
A instantes em que a lembrança do passado nos traz ao presente; é uma coisa doida, que somente nós – os velhos – acredito possam sentir.
Então, com dizia Nelson Rodrigues:” Jovens, envelheçam”.
A vida parece cíclica e sempre temos exemplos do agora que vimos no passado, senão para comparar, mas muito para rir.
A ficção é recorrente na ajuda.
Lembro do filme de 1959 – com Peter Sellers em vários papéis – onde um país em frangalhos resolve enfrentar um maior para perder, ser dominado e se reerguer com os investimentos que o dominador injetaria.
Infelizmente, não dá certo e, o pequeno tecnicamente ganha a guerra.
Ou seja, ao invés de uma solução, arranjou um problema maior…
Isso vem à lembrança quando vemos nosso presidente falando em pólvora, que no jargão militar significa última instancia para solução de um problema.
Não somos tão pequenos e insignificantes quanto o país fictício do filme, nem estamos em “pindaíba” que tenhamos que esperar invasão para termos solução.
Entretanto, mal comparando, aí vem outro filme – “Te pego lá fora” – não se pode ficar brincando com o fortão e valentão da escola.
Podemos até ganhar, mas vamos sofrer uns bons arranhões.
De filme em filme chega-se a conclusão: já temos problemas suficientes para continuar fingindo ser o que não somos.
Melhor resolvermos os problemas pela “saliva” que a imprudência da “pólvora”.
Afinal, e se ganhamos a guerra?
Clap, clap, clap…